Cidade da Praia, 06 Jun (Inforpress) – O Secretário de Estado para a Comunicação Social anunciou hoje planos "ambiciosos" para a expansão da presença da imprensa cabo-verdiana no exterior, visando fortalecer a cobertura noticiosa e a promoção da diáspora cabo-verdiana em regiões estratégicas.
Lourenço Lopes manifestou essa intenção durante a cerimónia de apresentação do novo correspondente da Inforpress em Lisboa, Feliciano Monteiro, que durante os últimos sete anos colaborou na delegação da Inforpress em Santiago Norte.
Lourenço Lopes enfatizou a importância da Inforpress como "fonte primária de notícias" e justificou que ter um correspondente em Portugal reflecte a relevância da comunidade cabo-verdiana no país e o papel de Portugal como parceiro de desenvolvimento.
O Secretário de Estado expressou a convicção de que a presença da Inforpress em Lisboa irá "promover a comunidade cabo-verdiana, dar a conhecer Cabo Verde ao mundo e mostrar o que de bom existe na diáspora", abrangendo áreas como política, cultura, desporto e empreendedorismo.
Lourenço Lopes sublinhou a necessidade de dar maior centralidade à comunidade cabo-verdiana em Portugal, especialmente num contexto de discussões sobre fluxos migratórios e mobilidade.
A mesma fonte ressaltou que a diáspora é um activo crucial para o desenvolvimento do país e para a afirmação da identidade cabo-verdiana no mundo.
Além de Portugal, o Secretário de Estado revelou a intenção de expandir a presença da Inforpress para outras regiões importantes, como a CEDEAO (Nigéria) e os Estados Unidos da América.
Há também esforços em curso para estabelecer uma delegação da Inforpress em Paris, França, com o objectivo de cobrir as comunidades cabo-verdianas na Europa Central e do Norte, incluindo Bélgica, Países Baixos, Luxemburgo e Alemanha.
"Com isto quero dizer que, também nestes tempos em que somos atacados diariamente por informações falsas, pela desinformação, os órgãos formais de comunicação social ganham cada vez maior importância e maior relevância para Cabo Verde e para a própria democracia", afirmou.
Questionado sobre a ausência de correspondentes da Rádio e Televisão Cabo-verdiana (RTC) nesses países, Lourenço Lopes esclareceu que o Governo actua com a RTC numa base de transparência e respeito pela sua autonomia administrativa e financeira.
"As decisões editoriais e administrativas da RTC partem do seu conselho de administração, embora o Governo garanta todo o apoio necessário", frisou.
A implementação de novos destacamentos, conforme o mesmo, aguarda o parecer da Autoridade Reguladora para a Comunicação Social (ARC) sobre o contrato de concessão entre o Estado e a RTC.
Lopes reconheceu as preocupações dos trabalhadores da RTC relativamente à valorização profissional e ao novo plano de cargos, carreiras e salários, sublinhando que "as organizações são as pessoas" e que é crucial "cuidar do rendimento e da saúde" dos profissionais para que possam servir às instituições.
Por sua vez, o administrador único da Inforpress, Hélio Robalo, em consonância com a visão governamental de ter correspondentes em mais países, reiterou que a Inforpress "sempre traçou a continuidade" da sua representação, concretamente em Lisboa.
"As expectativas são de continuidade daquilo que foi bem feito, mas também de trazer coisas novas, dar uma nova dinâmica à informação a nível da nossa diáspora", disse.
"A Inforpress está convicta de que o novo correspondente tem as características para desempenhar essa função em Lisboa, e acreditamos firmemente que aquilo que foi traçado será bem cumprido", continuou.
Hélio Robalo confirmou que a agência tem a intenção de ter correspondentes em outros países, como uma responsabilidade com uma comunidade "muito grande lá fora".
Destacou que a Inforpress está a "fazer uma análise interna para ver as condições em que pode continuar a adoptar esta estratégia, de forma a dar voz a todas as comunidades cabo-verdianas".
NA/HF
Inforpress/Fim
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