Cidade da Praia, 03 Jul (Inforpress) – O ministro da Saúde, Jorge Figueiredo, considerou hoje que o inquérito principal do projecto de mapeamento da diáspora cabo-verdiana no mundo, iniciado hoje em Angola, representa “um acto de soberania, de cidadania e de justiça histórica”.
Para Jorge Figueiredo, com esta operação estatística inédita, o executivo pretende identificar, contar e valorizar todos os cabo-verdianos residentes fora do território nacional.
“Celebramos, neste ano de 2025, 50 anos de Independência Nacional – um marco histórico que nos convida a reflectir sobre o passado com orgulho e a projectar o futuro com ambição colectiva”, afirmou o governante, durante a conferência de imprensa de lançamento do inquérito.
Segundo explicou, durante 90 dias, equipas do Governo estarão presentes em mais de 42 países nos cinco continentes, para recolher informação junto de cabo-verdianos da primeira à quarta gerações.
O objectivo é responder a quatro grandes questões, “Quantos somos? Onde estamos? Quem somos? Como vivemos e nos organizamos nas comunidades da Diáspora?”
Os resultados, explicitou, vão permitir desenhar políticas públicas “mais justas, eficazes e inclusivas”, além de valorizar o contributo económico, social, cultural e humano da diáspora para o desenvolvimento de Cabo Verde.
“Como dizemos na saúde, e em todas as áreas do desenvolvimento – não se cuida do que não se conhece. O mesmo se aplica à governação: não se transforma a Nação sem conhecer, contar e envolver todos os seus filhos”, reforçou.
O governante destacou ainda que a escolha de Angola como ponto de partida tem um “profundo simbolismo”, por acolher a maior comunidade cabo-verdiana em África e ser um espaço onde “o passado, o presente e o futuro da diáspora se entrelaçam com sentido e memória”.
Deixando um apelo directo aos emigrantes, o ministro da Saúde pediu o engajamento das famílias, dos jovens, estudantes, trabalhadores, empresários, artistas, académicos, líderes comunitários e religiosos, bem como dos filhos e netos que nasceram no estrangeiro no sentido de uma participação activa.
“Mobilizem-se. Passem a palavra. Este inquérito é sobre cada um de nós. É sobre o direito de sermos vistos, ouvidos e contados. É sobre o futuro das nossas crianças. É sobre Cabo Verde”, frisou.
O projecto de mapeamento da diáspora cabo-verdiana integra o Programa do Governo 2021–2026 e reconhece a diáspora como uma força estratégica transversal para o desenvolvimento nacional.
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Inforpress/Fim
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