Forças Armadas: Chefe do Estado-Maior aponta desafios “ingentes” que pairam sobre a Guarda Costeira e requerem “meios adequados”

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Forças Armadas: Chefe do Estado-Maior aponta desafios “ingentes” que pairam sobre a Guarda Costeira e requerem “meios adequados”
11/10/24 - 03:18 pm

Mindelo, 11 Out (Inforpress) – Os desafios que pairam sobre a Guarda Costeira (GC) são “ingentes” e requerem “meios adequados”, num país com uma Zona Económica Exclusiva (ZEE) 182 vezes superior à superfície emersa, declarou hoje o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas.

Contra-almirante António Duarte Monteiro fez esta afirmação, no Mindelo, quando presidia à cerimónia oficial de celebração do 31.º aniversário da Guarda Costeira, cujo palco foi transferido à última do Comando da GC, no antigo aeroporto de São Pedro, para a Academia Jotamonte, devido à chuva.

Na ocasião, ante os desafios, a mesma fonte pediu a adopção de uma “abordagem holística, colaborativa e coordenada”, envolvendo tanto o Governo como o sector privado, pois, concretizou, os espaços marítimos sob jurisdição e soberania nacional representam simultaneamente uma oportunidade e uma ameaça.

Aliás, António Duarte Monteiro referiu que as ameaças no mar, “ambiente revolto e altamente regulado e regulamentado”, são dinâmicas e em constante evolução, pelo que as respostas, aludiu, também devem ser “flexíveis e inovadoras”.

Daí colocar a tónica no reforço da cooperação entre agências nacionais e internacionais como um dos pilares do sucesso que se almeja, sem esquecer, continuou, a partilha de informações, realização de acções operações conjuntas e o desenvolvimento de uma estratégia coordenada de segurança marítima.

Tudo, assinalou, para garantir que as águas cabo-verdianas sejam “cada vez mais seguras” para o comércio, o turismo e outras actividades económicas.

Contra-almirante António Duarte Monteiro destacou ainda a importância dos homens e das mulheres que servem na GC no enfrentamento dos desafios que se colocam à corporação, numa aposta contínua na melhoria da sua condição de vida, de trabalho, formação e treinamento.

Em relação aos meios navais, o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas aproveitou a ocasião para anunciar que a inoperacionalidade do navio Guardião, o maior meio à disposição da GC, “tem os dias contados”, já que o mesmo estará operacional no decurso do primeiro trimestre de 2025.

Da mesma forma, indicou que em 2025 a GC deve receber dos Estados Unidos da América, que tem cuidado da reparação do “Guardião”, mais duas embarcações do tipo “Metal Shark”, para aumentar a capacidade da Esquadrilha Naval cabo-verdiana.

Num outro ponto do seu discurso, contra-almirante António Duarte Monteiro elogiou os paceiros de Cabo Verde e das Forças Armadas, como Portugal, Estados Unidos, França, Espanha e Alemanha, entre outros, que têm ajudado a GC no domínio da segurança marítima.

Por ocasião do seu 31.º aniversário, a Guarda Costeira foi ainda alvo de um louvor público por parte Estado-Maior das Forças Armadas pela “excelência” no desempenho das suas atribuições, extensivo ao seu colectivo.

A Guarda Costeira tem como missões fulcrais a segurança e defesa dos espaços aéreo e marítimo sob jurisdição nacional, protecção dos interesses económicos no mar e prestação do serviço público de busca e salvamento, entre outras.

AA/ZS

Inforpress/Fim

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