Fogo: Adesão da comunidade é factor determinante para sustentabilidade da Festa do Queijo – líder associativo (c/áudio)

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Fogo: Adesão da comunidade é factor determinante para sustentabilidade da Festa do Queijo – líder associativo (c/áudio)
20/07/24 - 06:34 pm

São Filipe, 20 Jul (Inforpress) – O presidente da Associação “Ka Djidja”, de Monte Grande, em São Filipe, Pedro Matos, considerou hoje que a adesão da comunidade constitui um factor determinante para a sustentabilidade da própria Festa do Queijo e a sua continuidade futura.

Em jeito de balanço de uma semana de actividades da terceira edição da Festa do Queijo de Monte Grande, o presidente da “Ka Djidja” (Casa Djidja, em português), que em parceria com as associações locais de Monte Grande organizou o evento, disse que a dinâmica das actividades fizeram com que fosse mais longo e com a duplicação de inscritos em quase tudo.

“O mais importante é destacar três pontos, primeiro a adesão da comunidade, sendo cada vez mais um fator determinante para a sustentabilidade da própria festa que foi consolidado nesta terceira edição”, disse Pedro Matos.

O segundo ponto foi as formações e a sua importância para as pessoas que foram buscar mais conhecimentos e técnicas que são fundamentais para melhorar as suas actividades que acabam por colocar o aprendizado em prática para melhorar a tomada de decisões, mas sobretudo para melhorar sua produção, referiu.

Já o terceiro aspecto que destacou nesta edição são vários pontos que a própria Festa do Queijo começou a lançar no sentido de ter algo mais concreto e detectável em termos de melhorias, mas também de verdadeira apreciação da Festa do Queijo.

“Estamos a falar da marca da Festa do Queijo, da inscrição do queijo do Fogo como um património gastronómico, de uma cadeia de valores que será trabalhada em torno da Festa do Queijo”, advogou Pedro Matos, para quem isso é “extraordinário” e vai ter um efeito transbordante.

Segundo o responsável, a Festa do Queijo é um compromisso muito grande, que não dá para parar e vai continuar com a agregação de mais parceiros, com mais pessoas, renovação das formações de modo a abranger outras áreas.

Avançou que existe interesse de outras regiões que produzem queijo, inclusive numa disputa natural e sublinhou que a organização do evento trabalha com uma lógica de sustentabilidade do próprio projecto e poderá incluir outras localidades dos demais municípios da ilha em função da própria organização e dos parceiros que possam contribuir para que isso aconteça.

Com relação à questão da marca e de origem iria abranger o queijo do Fogo com as suas várias micro variações de queijo e lembrou que o queijo é diferente de região para região, mas existe uma diversidade que precisa ser preservada.

A elevação do queijo do Fogo a património imaterial gastronómico acabaria por abranger toda a ilha e está inscrita na ideia de preservação, destacou Pedro Matos para quem não há preservação e muito menos a valorização do queijo de Fogo.

Este ano, o concurso para o melhor queijo de Monte Grande 2024 contou com a participação de 40 criadores/produtores de Monte Grande, Lacacã, Miguel Gonçalves e de Monte Largo, que entregaram na véspera à organização dois queijos cada, mediante a regra definida antecipadamente.

Aos três primeiros classificados vão ser atribuídos prémios de 50, 30 e 20 mil escudos, respectivamente, e aos demais participantes um saco de ração ou milho.

A feira de exposição/venda e degustação de produtos derivados do leite e do queijo e alguns pratos gastronómicos típicos da ilha que marcou o encerramento da terceira edição da Festa do Queijo contou com vários expositores e produtores.

JR/CP

Inforpress/Fim

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