São Filipe, 31 Jul (Inforpress) - A Associação Projecto Vitó atravessa um momento de transição marcado pelo encerramento de cinco projectos ambientais, que se prolonga até meados de Outubro deste ano, declarou à Inforpress o director executivo Herculano Dinis.
O encerramento dos projectos iniciou-se em finais de 2024 e decorre até Outubro próximo e, segundo o director executivo da organização, o foco actual está em finalizar esses projectos com responsabilidade, garantir a prestação de contas aos financiadores e, ao mesmo tempo, mobilizar recursos para novas iniciativas.
Foram encerrados projectos estratégicos como o de conservação de tubarões e raias, o de pesca sustentável, que financiou em grande parte o programa Guardião do Mar, e o de conservação de plantas, que será concluído oficialmente em Agosto.
Também está previsto para Outubro o encerramento do projecto de conservação de aves marinhas, assim como de um apoio financeiro não restrito que foi fechado em Junho passado, explicou o director executivo.
“Nosso principal objectivo para os próximos três meses é manter a equipa intacta, temos 25 profissionais permanentes, o que representa um desafio num contexto de encerramento de projectos”, vincou a mesma fonte.
Herculano Dinis referiu que a associação trabalha “com afinco” para garantir a continuidade das suas acções e evitar redução no pessoal técnico, administrativo e logístico.
Apesar das dificuldades, o Projecto Vitó segue activo em várias frentes, e o director executivo destacou a campanha de conservação das aves marinhas, como a Cagarra, com presença permanente de cinco técnicos na Ilha Brava desde meados de Junho, especialmente com acções de monitorização.
A campanha de conservação das tartarugas marinhas e educação ambiental na ilha do Fogo, estudos de fauna marinha e corais realizados em colaboração com o Instituto do Mar, envolvendo mergulhos nas ilhas do Fogo, Brava e nos Ilhéus de Rombos, gravação de um documentário nacional com a Agência de Imagem de Cabo Verde sobre participação comunitária e conservação de plantas, são outras acções.
No campo institucional, o Projecto Vitó já finalizou a proposta técnica para a criação da área protegida na ilha Brava, que será apresentada formalmente ao Ministério da Agricultura e Ambiente ainda este ano.
A organização também tem contado com o apoio de voluntários internacionais vindos da Suíça, Colômbia e Portugal, que têm reforçado as acções de campo nas ilhas do Fogo e Brava e nos Ilhéus Rombos.
Como parte do fortalecimento institucional, o coordenador administrativo-financeiro da ONG, Marco Paulo, representará o Projecto Vitó num workshop regional do Programa Resiliência, que acontece em Sali, Dakar (Senegal), entre os dias 04 e 07 de Agosto.
Segundo Herculano Dinis, as perspetivas são positivas, pois existem projectos em fase final de articulação com financiadores.
“Esperamos, nos próximos dias, anunciar novas parcerias que garantam a sustentabilidade das nossas acções de conservação nas ilhas do Fogo e da Brava e nos Ilhéus de Rombos, onde mantemos actuação prioritária”, finalizou o director executivo do Projecto Vitó.
JR/AA
Inforpress/Fim
Partilhar