Fogo: Localidade de Santa Cruz será electrificada ainda no decurso deste ano – deputado do MpD

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Fogo: Localidade de Santa Cruz será electrificada ainda no decurso deste ano – deputado do MpD
17/07/25 - 12:35 pm

São Filipe, 17 Jul (Inforpress) – A localidade de Santa Cruz, situada nas imediações de Santo António e a norte de São Filipe, será eletrificada ainda no decurso deste ano, disse hoje o deputado do Movimento para Democracia (MpD, poder), Filipe Santos.

Em conferência de imprensa para “repor a verdade dos factos” face aquilo que considerou “declarações infundadas e politicamente irresponsáveis” proferidas pelos deputados do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV, oposição), o deputado MpD e presidente da Comissão Política, Filipe Santos, anunciou a eletrificação desta comunidade que alberga mais de duas dezenas de famílias.

“A localidade de Santa Cruz será brevemente contemplada. A Electra já recebeu postes, lâmpadas e equipamentos importados para o efeito. Ainda este ano será construído um posto de transformação que permitirá converter a energia de média para baixa tensão, viabilizando assim o fornecimento de electricidade à localidade”, disse Filipe Santos.

A mesma fonte sublinhou que a oposição se apressou a criticar, mesmo sabendo que os trabalhos estão prestes a iniciar.

Relativamente à eletrificação, Filipe Santos disse que em paralelo já arrancou o projecto nacional de substituição da iluminação pública convencional por tecnologia LED, num investimento de um milhão de contos, financiado pelo Banco Europeu de Investimento.

Na ilha do Fogo, anunciou, este projecto contempla a substituição de 4.200 lâmpadas e a instalação de 600 novas.

Filipe Santos avançou ainda que está em curso a construção de uma nova central fotovoltaica na ilha, com financiamento do Banco Mundial no valor de 300 mil contos e com capacidade para produzir 1,3 megawatts e com uma bateria de duas megawatts-hora para armazenamento, de modo a garantir “maior estabilidade, segurança energética e sustentabilidade” para a ilha.

Com relação à central fotovoltaica, Filipe Santos disse que o que foi deixado pelo governo do PAICV são dois painéis solares colocados na localidade de Genebra, com equipamentos obsoletos de fabrico descontinuado e que “nunca produziram um kw de energia”.

Segundo o mesmo, a oposição recorre à “política da negação, ignorando deliberadamente os ganhos concretos alcançados” pelo Governo.

Lamentou o facto de continuarem a dramatizar, de forma isolada, situações pontuais relacionadas com a electrificação, “ignorando por completo os avanços históricos” já concretizados.

Filipe Santos recorreu a dados estatísticos e disse que hoje 98,4% da população da ilha do Fogo tem acesso à electricidade, um feito que ultrapassa a média nacional, mas que a meta é atingir os 100% até 2026, através da expansão das redes, implementação de micro-redes e distribuição de kits domiciliares.

Lembrou que o actual Governo levou eletricidade a localidades como Miguel Gonçalves, Alfarrobeira, Cutelo Capado, Cisterno Meio, Cabeça Fundão, João Garrido, Ribeira Filipe Baixo e Chã das Caldeiras.

Em relação a situação de água para agricultura, Filipe Santos afirmou que em nome do MpD, na qualidade de deputado nacional e porta-voz do Conselho Regional, não podia deixar passar em claro as “declarações desonestas e demagógicas” dos deputados do PAICV e lembrou que Eva Ortet foi ministra durante dez anos e Luís Pires presidente da câmara e vereador durante 30 anos, mas “nada fizeram para o sector”.

Desde 2016, segundo o mesmo, o Governo do MpD implementou “os maiores investimentos de sempre” na agricultura e mobilização de água na ilha do Fogo e enumerou um conjunto de projectos para justificar o seu posicionamento.

Entre os vários projectos enumerado apontou os projectos hidroagrícolas da Zona Sul, com mais de 60 mil contos de investimento, beneficiando directamente 300 agricultores e criadores e da Outra Banda, os projectos de Fajãzinha (Mosteiros), de Cabeça Fundão (Santa Catarina), com cerca de dez mil contos, execução de novos furos com sistemas de bombagem modernos e painéis solares.

“Passámos de um para 18 parques solares na ilha entre 2016 e 2024, reduzindo os custos da água para rega”, disse Filipe Santos para quem é inaceitável que os deputados da oposição tentam culpar o Governo pela situação da Águabrava, quando o presidente do Conselho de Administração da empresa é, o presidente da Câmara de São Filipe.

Segundo o mesmo, está-se perante um “claro boicote institucional” às políticas públicas do Governo no sector da distribuição de água.

JR/AA

Inforpress/Fim

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