São Filipe, 28 Jan (Inforpress) – A dimensão da certificação da ilha como Reserva Mundial da Biosfera, declarada em Outubro de 2020, não potenciou o destino turístico da ilha do Fogo, disse o presidente da reserva, Nuías Silva.
Na inauguração do Centro de Interpretação da Reserva da Biosfera de Chã das Caldeiras, Nuías Silva afirmou que a ilha do Fogo continua a dar “passos significativos” em direcção à consolidação de sua nova posição como Reserva Mundial da Biosfera, após a certificação em 2020.
Na qualidade de presidente da Reserva da Biosfera da ilha do Fogo, Nuías Silva expressou “grande satisfação” pelo progresso alcançado até o momento e destacou a importância desse reconhecimento para o turismo local e o desenvolvimento sustentável da ilha.
Na sua intervenção apontou os esforços contínuos para a implementação da Reserva da Biosfera e da disponibilidade do Projecto Vitó, que tem sido “essencial” para a construção de uma base sólida, através do projecto de apoio à implementação da reserva cofinanciamento de várias entidades e parceiros internacionais.
"Temos trabalhado arduamente para impulsionar a implementação da Reserva da Biosfera do Fogo e, neste momento, os planos de acção e da comunicação da reserva já foram finalizados e publicados no Boletim Oficial. Isso representa um grande avanço na organização da reserva e no estabelecimento de diretrizes claras para o seu futuro", afirmou Nuías Silva.
A criação da estrutura administrativa da Reserva da Biosfera inclui a nomeação de um director executivo e, desde Janeiro de 2024, foi indigitado um nome e aguarda-se pela sua nomeação por ser um “órgão executivo importante” para a reserva.
Nuías Silva ressaltou a importância do financiamento adequado para garantir a viabilidade das acções.
Segundo a mesma fonte, a reserva já dispõe de logotipo e o site está na fase de implementação e sublinhou que neste momento é necessário “andar mais rápido” e junto do Governo ver a questão do financiamento da estrutura da reserva, porque qualquer organização sem financiamento, sem recursos, tem muito mais dificuldade para dar os passos que tem que dar.
"Sem recursos, qualquer organização enfrenta desafios, mas estamos confiantes de que estamos no caminho certo", completou.
Para Nuías Silva, uma das maiores conquistas recentes foi a inauguração do Centro Interpretativo da Reserva da Biosfera do Fogo, um marco importante na promoção da biodiversidade e da cultura local.
O centro irá servir como um ponto de encontro para turistas interessados em conhecer mais sobre a fauna, flora e a geografia do Fogo e a parceria com a Associação de Guias Turísticos de Chã das Caldeiras promete gerar sinergias positivas para ajudar a promover o turismo na região e aprimorando a experiência dos visitantes.
"Esse casamento entre o Centro Interpretativo e Associação dos Guias Turísticos é fundamental para o sucesso do projecto, pois permitirá aos guias se organizarem melhor e oferecer um produto turístico mais coeso e de qualidade", explicou Nuías Silva.
O projecto visa ainda fortalecer a “comercialização do Chã das Caldeiras” e de outros pontos turísticos, potencializando o desenvolvimento da região e, consequentemente, o destino ilha do Fogo.
A implementação da Reserva da Biosfera do Fogo segue como um exemplo de compromisso com o desenvolvimento sustentável e o crescimento do turismo de forma integrada e responsável.
JR/AA
Inforpress/Fim
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