Cidade da Praia, 02 Ago (Inforpress) – A presidente da Federação das Mulheres do Partido Africano da Independência de Cabo Verde enalteceu hoje o dia das mulheres africanas e apelou ao reconhecimento e valorização do seu papel nas diferentes áreas de actuação.
Paula Moeda fez estas considerações em conferência de imprensa para falar do dia das mulheres africanas, que se assinala no dia 31 de Julho, no âmbito do Estado da Nação.
Segundo explicou, este dia serve para alertar para a valorização das mulheres pelo seu papel de dar voz e quebrar o silêncio.
“É um dia que se dedica a reconhecer e valorizar o papel crucial das mulheres no desenvolvimento do nosso continente e oportunidade também para reflectirmos sobre os desafios e as oportunidades que podemos criar para melhorar as condições de vida das mulheres africanas”, explicou.
Paula Moeda enfatizou que, em Cabo Verde, ainda persistem alguns desafios, e são "muitos", que se colocam às mulheres, ressaltando que as políticas públicas têm de “acelerar e ser mais realistas” com efeitos “desejáveis” em cada família cabo-verdiana chefiada por mulheres.
Apesar destes desafios, apontou avanços significativos da mulher cabo-verdiana, desde a Independência a esta parte.
“Hoje reafirmamos o nosso compromisso com a promoção da igualdade de género e com o empoderamento das mulheres em Cabo Verde e em todo o continente africano. Acreditamos que, ao apoiar as mulheres, estamos a investir no futuro das nossas sociedades”, afirmou.
Apontou que as mulheres africanas enfrentam vários desafios, a nível da desigualdade de género, níveis desproporcionais de riqueza, educação, saúde e nutrição, violências nos partos, limitações grandes para a participação no mercado de trabalho, VBG, mutilação genital feminina, casamentos precoces, salários baixos, desigualdade salarial, entre outros desafios.
Esta responsável da FNMPAI pediu a todas e todos para continuarem a participar desta luta, com partilha de ideias e soluções para um futuro mais equitativo e próspero para todas as mulheres africanas.
Por outro lado, referiu que é preciso que as mulheres africanas juntem a sua voz às vozes do mundo para dizer “Sim pa Mudjeres Africanas (sim às mulheres africanas)” que ela considerou resilientes, corajosas, motivadoras e inspiradoras que lutam incessantemente por outros milhares de milhares em sofrimento.
Prosseguiu que muitos procuram uma vida digna de qualidade e dos mínimos básicos para sobreviver e viverem com dignidade, para terem vez e voz, um trabalho digno, um tecto e um pão para elas e seus filhos.
“Em todos os países africanos registam-se esforços significativos para concretizar o desígnio da igualdade de género”, concretizou.
DG/HF
Inforpress/Fim
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