Cidade da Praia, 06 Abr (Inforpress) – O desportista Flávio Furtado foi eleito hoje presidente do Sindicato do Pessoal do Desporto (Sindesp), durante assembleia electiva, e manifestou-se disposto a honrar a confiança nele depositada e a trabalhar para defender os interesses dos trabalhadores.
Eleito por unanimidade, Flávio Furtado que liderou uma lista única, agradecendo a confiança nele depositado, explicou que apesar de ter sido uma lista única, foi consensual, contando com o apoio da maioria dos trabalhadores, um total de 51, entre efectivos e não efectivos a nível nacional.
“Estou disposto a honrar esta confiança em mim depositada e trabalhar junto dos trabalhadores, de Santo Antão a Brava, para defender os seus interesses. A nossa luta vai ser baseada em dois princípios fundamentais do sindicalismo: a solidariedade e resistência”, salientou o novel sindicalista.
Considerando o desporto um factor de união “muito importante”, Furtado lamentou, entretanto, o facto de os trabalhadores do desporto não serem vistos na mesma dimensão da projecção do país, antes, “negligenciados”.
“Então é neste sentido que estamos a organizar, mostrar a nossa insatisfação e sermos valorizados. Temos trabalhadores com salário mínimo, com contratos precários há mais de cinco anos, sem segurança social, sem promoção da carreira, trabalhadores com incapacidade na reforma, entre outras situações”, comentou, deixando claro, todavia, que o Sindesp “não é um adversário” a responsáveis do desporto.
Quanto a desafios pela frente, entende que o principal se prende com a falta de vontade política.
“O Instituto do Desporto é muito solidário com os jovens e desportistas, então porque não mostrar esta solidariedade também dentro da própria casa?”, questionou Furtado, reforçando que “há que se estar bem para que se possa servir o próximo”.
Por outro lado, atendendo que a entrada do PCFR em vigor fez cair o PCCS de 2013, o novo sindicalista almeja implementação de um novo plano, que sirva “realmente” aos trabalhadores do desporto.
Já na segunda-feira, como presidente do sindicato, disse que a sua actuação começa com uma reunião com os trabalhadores, para transmitir-lhes confiança, bem como tentar um encontro com a entidade patronal, isto é, o conselho administrativo do Instituto do Desporto e Juventude (IDJ).
“Espero que estejam abertos para nos receber, ouvir as nossas reivindicações e insatisfações, sendo certo que não somos um adversário dos responsáveis do desporto. Queremos ser um parceiro para, juntamente, conseguirmos alcançar os objectivos e ter um desporto cada vez mais ganhador e competitivo”, enfatizou.
SC/HF
Inforpress/Fim
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