Fake news no consumo: Adeco aposta no livro de reclamações digital para proteger consumidores (c/áudio)

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Fake news no consumo: Adeco aposta no livro de reclamações digital para proteger consumidores (c/áudio)
08/08/25 - 12:56 pm

Cidade da Praia, 08 Ago (Inforpress) - A Associação para a Defesa do Consumidor (Adeco) está a apostar na literacia e na criação de um livro de reclamações digital para combater o aumento das "fake news" e da publicidade enganosa em Cabo Verde. 

A informação foi dada à Inforpress pelo presidente do Conselho de Direcção da Adeco, Nelson Faria, considerando ser imprescindível que os consumidores utilizem os seus direitos para se manterem informados e denunciem casos de manipulação da informação.

Porém, alertou que as denúncias devem ser concretas e detalhadas para permitir investigações e responsabilizar canais ou empresas que propagam conteúdos enganosos.

Nelson Faria assegurou que a associação tem defendido os direitos dos consumidores, intensificando o foco na comunicação assertiva e bem fundamentada para prevenir que informações falsas induzam a consumos indesejados.

“A propaganda enganosa está em função de, há muito tempo, esta parte.  Entretanto, hoje ganharam nova proporção por causa das redes sociais, por causa da abrangência, da digitalização das nossas vidas e até do próprio consumo”, explicou, chamando atenção também para a inteligência artificial.

Além do trabalho pedagógico, a Adeco tem actuado directamente junto a agências reguladoras e entidades fiscalizadoras ao identificar irregularidades, reforçando, por conseguinte, a importância de um sistema efectivo de reclamações.

Nesse sentido, o presidente da Adeco destacou a necessidade de maior utilização do livro manual de reclamações em Cabo Verde, exortando os consumidores a procurarem a associação para formalizarem suas reclamações para que "sejam seguidas em todas as regiões".

Anunciou que a equipa está a desenvolver um projecto para a implementação de um livro de reclamações digital, uma ferramenta “inovadora” que facilita o registo e o acompanhamento das denúncias de propaganda enganosa e outras práticas abusivas, protegendo assim os consumidores.

Segundo Nelson Faria, a propaganda enganosa também constitui uma forma de ‘fake news’ no comércio e tem sido alvo das acções da Adeco, que já realizou intervenções dentro de suas competências.

Em um cenário onde muitos consumidores ainda se deixam levar por informações superficiais nas redes sociais, a Adeco reforçou que o combate à desinformação depende da educação, da literacia digital do consumidor, literacia informática, exigindo, por outro lado, os mecanismos eficazes de detecção e de sinalização de conteúdos falsos.

“Nós estamos desenvolvendo a nossa própria cultura de informação dos consumidores, abaixo da literacia digital para alguns, abaixo da literacia informativa e digamos a uma própria superficialidade deste tempo”, pontuou, alertando para uma larga massa de alguns consumidores que não procuram por fontes fidedignas.

“Facilmente todos os consumidores, todos nós, estamos expostos à possibilidade de sermos entres aspas enganados com informação falsa nas redes sociais, é aí que nós entramos, é necessário que, primeiramente, o consumidor utilize o seu direito e o seu dever de estar informado”, indicou.

LT/CP

Inforpress/Fim

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