Resiliência ambiental e planeamento urbano como principais desafios das cidades cabo-verdianas - ministro

Assomada, 31 Out (Inforpress) – O ministro Victor Coutinho afirmou hoje que o principal desafio de Cabo Verde para alcançar a sustentabilidade urbana é projetar cidades resilientes e sustentáveis, capazes de enfrentar fenómenos climáticos e garantir melhor qualidade de vida às pessoas.

“O tema da sustentabilidade coloca-se hoje com mais acuidade. Temos assistido a fenómenos como os registados recentemente em São Vicente e em várias partes do mundo. Por isso, há um desafio muito sério: projetar verdadeiramente comunidades e cidades resilientes, com capacidade de enfrentar esses fenómenos”, afirmou o titular das pastas das Infraestruturas, Ordenamento do Território e Habitação.

Victor Coutinho falava em declarações à imprensa, à margem de uma aula magna que ministrou no Liceu Amílcar Cabral, em Assomada, no âmbito das comemorações do Dia Mundial das Cidades, que o ministério decidiu celebrar este ano em várias escolas da ilha de Santiago, sob o lema “Cidades Inteligentes Centradas nas Pessoas”.

O governante sublinhou que Cabo Verde precisa de cuidar mais do ambiente e incorporar a dimensão tecnológica na gestão urbana, tornando os serviços públicos mais acessíveis e reduzindo as desigualdades territoriais.

“As cidades são para as pessoas, mas é fundamental que incorporem a dimensão da inteligência e da tecnologia na sua gestão. A tecnologia deve permitir que um cidadão, mesmo fora do centro urbano, tenha acesso aos mesmos serviços que estão disponíveis na cidade”, destacou.

Para o governante, o planeamento urbano continua a ser o ponto de partida essencial para alcançar cidades sustentáveis e bem geridas, sendo preciso “monitorizar, gerir e fiscalizar a sua execução". 

Só assim, reforçou, haverá cidades equilibradas, com desenvolvimento sustentável e qualidade de vida.

O ministro referiu ainda que a habitação constitui outro grande desafio, revelando que o Governo está a implementar medidas para facilitar o acesso dos jovens à casa própria, sem recurso à banca, com redução das taxas de juro em cerca de 50%, o que representa “um alívio significativo no custo da dívida”.

As aulas magnas comemorativas do Dia Mundial das Cidades decorreram em várias escolas da ilha de Santiago e contaram com a parceria da ONU-Habitat, da Fundação Smart City CV, do Instituto Nacional de Gestão do Território (INGT), da Direção-Geral da Habitação (DGH) e das escolas básicas e técnicas da ilha.

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