Embaixadora de Angola pede apoio para candidatura de João Lourenço à presidência da União Africana

Inicio | Cooperação
Embaixadora de Angola pede apoio para candidatura de João Lourenço à presidência da União Africana
13/09/24 - 01:56 pm

Cidade da Praia, 13 Set (Inforpress) - A embaixadora de Angola em Cabo Verde, Júlia Machado, pediu hoje o apoio dos países africanos para a candidatura de João Lourenço à presidência da União Africana em 2025.

A diplomata fez este pedido na cerimónia de comemoração do Dia do Herói Nacional em Angola, celebrado no dia 17 de Setembro, em homenagem ao poeta, médico e estadista, António Agostinho Neto, sob o lema "Com os ideais de Neto construamos uma economia forte e dinâmica", que aconteceu na universidade de Santiago, na cidade da Praia.

Segundo Júlia Machado, se o Presidente de Angola, João Lourenço, for eleito, vai dar prioridade às questões da paz, democracia, progresso e segurança em África.

Lembrou que Angola já tem uma “vasta experiência” neste quesito, por ter enfrentado uma guerra prolongada e, desde 2002, a consolidar a paz.

Clarificou ainda que Angola ocupa a primeira vice-presidência da União Africana, acrescentando que este país detém a presidência da região da África Austral e foi eleita membro do Conselho de Paz e de Segurança da União Africana, sendo que o presidente João Lourenço foi designado pela União Africana como o "campeão da paz e da reconciliação” em África.

Quanto à homenagem a Agostinho Neto, destacou este médico, poeta e político como um “grande humanista”, que “ajudou muitas pessoas” ao longo da sua vida, ou seja, deu "grande contributo" para resolver os problemas que o povo enfrentava, por onde ele passava.

Trata-se, segundo a mesma fonte, de um dos principais impulsionadores pela luta de libertação de Angola, dos países da língua oficial portuguesa e pelo continente africano.

O sociólogo e professor da Universidade de Santiago na Praia Nardi Sousa disse que falar sobre Agostinho Neto é falar da luta pela independência e dos esforços para o desenvolvimento da Angola e dos povos africanos.

 A nível de Cabo Verde disse que este herói deu" bastante contributo" como médico, nas ilhas de Santo Antão e Santiago, e foi um “grande amigo” de Amílcar Cabral.

Lembrou que o facto de ele ter governado Angola após a independência foi "muito importante" para os cabo-verdianos, porque, segundo explicou, havia partidos que “não gostavam de estrangeiros”, e consideravam os cabo-verdianos mestiços, que estavam próximos dos portugueses.

E a partir dalí, explicou o sociólogo, ele criou uma política antirracista, que ninguém fosse discriminado por causa da sua cor, apesar de Angola ter “sofrido muito com o colonialismo branco”.

António Agostinho Neto, se estivesse vivo, iria completar 102 anos na próxima terça-feira, 17.

Esta cerimónia que teve como objectivo criar um espaço de reflexão sobre a importância dos ideais de Agostinho Neto na construção de um futuro mais próspero para as nações africanas, contou com a presença das autoridades governamentais, representantes diplomáticos, académicos e estudantes.

DG/AA

Inforpress/Fim

Partilhar