DNS diz que é crucial não esquecer desafios que ainda persistem nos cuidados paliativos

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DNS diz que é crucial não esquecer desafios que ainda persistem nos cuidados paliativos
14/10/24 - 02:31 pm

Cidade da Praia, 14 Out (Inforpress) – A directora nacional da Saúde, Ângela Gomes, reconheceu hoje, na cidade da Praia, que é crucial não esquecer os desafios que ainda persistem nos cuidados paliativos em Cabo Verde.

Ângela Gomes fez essas declarações durante a abertura oficial do Dia Mundial dos Cuidados Paliativos e sublinhou que, globalmente, apenas 12% da população tem acesso a cuidados paliativos e a maioria daqueles que não têm vive em países de baixa renda.

“Milhões de pessoas, incluindo crianças, adultos e idosos, estão sofrendo e carecem dos cuidados a que têm direito”, acrescentou.

Neste caso, explicou que a celebração dos 10 anos após a resolução da Assembleia Mundial da Saúde é um momento especial, um convite à reflexão sobre os avanços e desafios que ainda enfrentam, bem como a nobre ambição que todos compartilham para oferecer cuidados e dignidade àqueles que mais precisam de apoio nas suas trajectórias de vida.

Segundo disse, em Cabo Verde, desde 2014, os cuidados paliativos foram integrados à Política Nacional de Saúde, alinhando-se aos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável e à cobertura nacional da saúde, um passo essencial para assegurar que os cuidados façam parte dos serviços sociais oferecidos à população.

Para a directora nacional da Saúde, é importante, em qualquer parte do mundo, que todos tenham acesso ao alívio do sofrimento e à promoção da dignidade.

“Nos últimos sete anos, a Secretaria Nacional da Saúde deu início à integração dos cuidados paliativos nos programas de cancro e de saúde do idoso, com um empenho admirável, foram realizadas acções significativas na implementação desses cuidados”, frisou.

Conforme apontou a mesma fonte, em 2021 foi criado o Plano Nacional de Cuidados Paliativos que permitiu focar na melhoria contínua da qualidade, equidade e eficiência dos cuidados oferecidos.

“Os dados científicos confirmam que os cuidados paliativos não apenas melhoraram a qualidade de vida dos pacientes, mas também reduziram os custos em saúde, contribuindo para um sistema mais eficiente e sustentável”, garantiu Ângela Gomes.

Neste contexto, a directora sublinhou que Cabo Verde estabeleceu parcerias internacionais, principalmente com Portugal, que possibilitaram a capacitação de mais de 150 profissionais de Saúde nos últimos dois anos.

“Hoje, contamos com 16 equipes de cuidados paliativos em Santiago e em São Vicente, um exemplo concreto do impacto positivo que essas iniciativas têm gerado na vida das pessoas”, precisou Ângela Gomes.

A directora nacional da Saúde aproveitou para apelar à responsabilidade e para redobrar os esforços, reforçando o compromisso em expandir a educação e a capacitação dos profissionais de Saúde, além de conscientizar e envolver a sociedade sobre a importância dos cuidados paliativos.

“Acima de tudo, é fundamental garantir que esses cuidados sejam acessíveis a todos, independentemente de sua localização geográfica ou condição socioeconómica”, concluiu.

JBR/HF

Inforpress/Fim

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