Deputados municipais do PAICV avaliam desafios em mercados da cidade da Praia

Cidade da Praia, 19 Jul (Inforpress) – Os deputados da bancada municipal do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV-poder) visitaram, hoje, algumas zonas da capital como parte do cumprimento do plano anual, para auscultar as preocupações dos munícipes.

Durante a visita, que incluía alguns bairros da capital, mercado do plateau e de sucupira, os representantes da bancada do PAICV auscultaram as preocupações e as necessidades das vendedeiras, que serão dadas a conhecer aos responsáveis da Câmara Municipal para que a autarquia possa tomar melhores decisões.

Em declarações à imprensa, o deputado Aquiles Barbosa destacou que a visita se enquadra no cumprimento do plano de actividades para este ano, visita mensalmente a quatro bairros e instituições, com o propósito de sentirem o pulsar da população e inteirar-se das reivindicações visando a melhoria dos serviços.

As vendedeiras, por sua vez, relataram estar indignadas com a situação que impera e denunciaram o facto de algumas colegas terem recebido 15 mil escudos e facilitação de um ano sem pagar bancadas.

Perante esta denúncia o representante do PAICV justificou que os 15 mil escudos foram doados às vendedeiras que estavam nas ruas, como incentivo para assegurar os primeiros dias de integração dentro do mercado.

“Os 15 mil escudos foram doados às vendedeiras que estavam nas ruas, espalhadas pela cidade, como incentivo para assegurar os primeiros dias de integração no mercado. Estamos a falar de uma prática que vem de há anos ", explicou.

Entre os principais pontos discutidos durante as conversas com as vendedeiras, destacou-se a questão da distribuição de água nos mercados e a necessidade de manutenção dos equipamentos para conservação de alimentos perecíveis.

Questionado sobre esta situação, o líder da bancada municipal do PAICV, Aquiles Barbosa, avançou que na verdade não há falta de água, mas que o problema é que muitas das vendedoras levavam água para casa no final do dia, além de a usarem durante o dia de forma descontrolada.

Além de água, os vendedores nos mercados municipais declararam sobre as dificuldades enfrentadas, diariamente, em seus locais de trabalho e que têm a ver com a falta de materiais básicos como vassouras e água para higienização.

 “A venda de peixe está mal, mas mesmo assim temos que vir todos os dias, às vezes vendemos e outras não, e muitas vezes temos que guardar o peixe para outro dia, aqui não recebemos nada, muito menos para higienização”, lamentou a peixeira Indira.

A peixeira realçou ainda que para terem acesso à água para lavar o peixe é preciso correr atrás dos funcionários para que estes abram a torneira.

A situação não é diferente para os vendedores de carne, que destacaram as deficiências dos materiais essenciais para garantir a qualidade dos produtos comercializados.

“Não temos estruturas adequadas para trabalhar, há falta de materiais para guardar carnes para que este não estrague, no talho não há condições e quando reclamamos enviam pessoas sem experiência para resolver e se vamos aos responsáveis nos tratam como se fôssemos crianças”, criticou Txila.

Além das críticas, os vendedores dos diferentes mercados da cidade da Praia falaram com os deputados municipais sobre a organização interna, especialmente a distribuição dos espaços para vendas de diferentes produtos.

O representante do PAICV, após auscultar os vendedores do mercado do plateau e Cotxi Pó, comprometeu-se a tomar medidas imediatas, incluindo a manutenção constante dos equipamentos e a melhoria da infraestrutura física dos mercados. 

CG/PC/JMV

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