Dependência financeira da União Europeia “perpetua pobreza e desigualdade social” em Cabo Verde - Partido Popular

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Dependência financeira da União Europeia “perpetua pobreza e desigualdade social” em Cabo Verde - Partido Popular
02/10/24 - 01:06 pm

Cidade da Praia, 02 Out (Inforpress) – O presidente do Partido Popular (PP), Amândio Vicente, disse hoje, na cidade da Praia, que a dependência financeira da União Europeia está a “perpetuar a pobreza e a desigualdade social” em Cabo Verde.

“Os dados revelam que o aumento da dívida pública coincide com um crescimento da pobreza e uma diminuição do poder de compra da grande massa trabalhadora”, declarou Amandio Vicente, em declarações à Inforpress para um balanço sobre o encontro do partido realizado na terça-feira, 01, para refletir sobre a dívida pública, entre outros assuntos.

Segundo o dirigente do PP, enquanto se continua com a dívida pública o que se vê são empresas a aumentar os lucros todos os dias, evidenciando uma desconexão entre o crescimento económico e a realidade vivida pelos cidadãos.

“No fundo, nós apenas estamos a ver o aumento da dívida e o bem-estar social, coisa que não é atendida por esse Governo”, criticou.

O presidente do PP, que destacou esta dependência do país perante estes ciclos de empréstimos, apontou ainda como exemplo de desigualdade a presença de 60 barcos europeus a pescar nas águas cabo-verdianas, “sem contrapartidas equivalentes”.

“Nós não temos nenhum barco igual, com capacidade da União Europeia, a pescar e a trazer riqueza para Cabo Verde”, acrescentou.

Amândio Vicente considerou ainda que se os 300 milhões de euros fossem direcionados a atividades que potencializassem a competitividade nacional, a situação poderia ser diferente.

Ainda no âmbito da reunião do partido, em que se refletiu ainda, segundo a mesma fonte, sobre a dengue e “casos estranhos ocorridos no Hospital da Praia”, entre outros, deixou um alerta quanto às obras públicas anunciadas na proximidade das eleições, segundo disse, “uma forma de demagogia para tentar influenciar” o voto dos cidadãos.

Neste âmbito, considerou a estratégia como “superficial” e que não resolve os problemas estruturais que o país enfrenta.

Amândio Vicente esclareceu que não vai apresentar candidatura para as câmaras municipais, mas apenas para as assembleias municipais.

JBR/PC//AA

Inforpress/Fim

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