Cidade da Praia, 07 Out (Inforpress) – A directora do Centro de Saúde de Tira Chapéu pediu hoje ao Ministério da Saúde que aumente o número de médicos e alargue o atendimento em mais um centro para ajudá-los a cobrir toda a demanda.
“Precisamos de mais médicos, nunca é demais aumentar profissionais de saúde porque temos tido muita sobrecarga e às vezes ficamos cansados por causa de muita demanda. E se alargasse os atendimentos até mais tarde para mais um centro de saúde, ajudaria muito”, disse Elizabeth Évora em entrevista à Inforpress.
Avançou que atendem cerca de 100 pessoas de várias enfermidades por dia, sendo que o atendimento para a dengue atinge os 40, todos os dias.
Actualmente, conforme adiantou, este centro conta com sete médicos, que atendem pessoas que procuram esta instituição de várias localidades de Santiago Sul.
“Temos, neste momento, dois enfermeiros, um médico, dois auxiliares administrativos, um farmacêutico, um guarda e segurança que trabalham à tarde até à noite. E de manhã contamos com cinco médicos e 12 enfermeiros, sendo que uma médica está de baixa”, referiu.
Para além de atendimento dos pacientes suspeitos com a doença dengue, sublinhou ainda, que os médicos também atendem utentes de outras enfermidades e também outros que têm consultas programadas.
“Cada dia está a aumentar o número de pessoas que procuram este centro e que são encaminhadas também de clínicas privadas e de outros centros de Saúde para seguimento ou teste de dengue”, assegurou.
Questionada sobre alguns pacientes que criticam o atendimento neste centro, afirmando que não foram atendidas por falta de reagentes para os testes da dengue, Elizabeth Évora rematou que esta afirmação não constitui a verdade.
Afirmou que todos os utentes que se dirigem a este centro para fazer o teste da dengue e para outras consultas são atendidas e encaminhadas para um profissional de saúde e que nem sempre os sintomas apresentados são da dengue, mas que mesmo assim são atendidas e orientadas.
“Ao ser feita a triagem pelos enfermeiros e se verificarem que este paciente tem sintomas de dengue, logo é feita a triagem e se apresentarem casos de complicações são encaminhadas para os médicos”, disse.
A directora deste Centro de Saúde admitiu que houve uma altura em que não tinham reagentes suficientes para fazer os testes, mas que neste momento já ultrapassaram esta situação, afirmando que estão totalmente abastecidos de materiais para fazerem o seu trabalho.
Acrescentou ainda, que os pacientes que apresentarem quadro clínico delicado, ou seja grave, muitas vezes são encaminhadas para o Hospital Universitário Agostinho Neto para terem um tratamento mais adequado.
Instado sobre os horários de atendimento, se estendem de facto até à noite, a mesma confirmou que desde do mês de Agosto, este Centro de Saúde está a funcionar das 08:00 da manhã até às 20:00.
Para sensibilizar as pessoas sobre esta epidemia disse que esta instituição tem estado a fazer sensibilização através de palestras nas comunidades, empresas, escolas e no próprio centro para ajudar no combate.
Elizabeth Évora aproveitou ainda esta oportunidade para apelar à população cabo-verdiana, sobretudo os da cidade da Praia, onde foram notificados com mais casos de dengue em Cabo Verde, para continuarem a seguir as recomendações do Ministério de Saúde, usando repelentes, mosquiteiros, vestir roupas com mangas, fechar as portas no final do dia, lavar todas as vasilhas e reservatórios, pelo menos uma vez por semana, entre outras recomendações para combater esta doença.
Para finalizar, apelou à serenidade, calma e paciência, recomendou aos pacientes que se dirijam aos centros de saúde, reiterando que tudo vai ser resolvido se todos colaborarem, lembrando que os profissionais de saúde estão "sobrecarregados" o dia todo.
DG/HF
Inforpress/Fim
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