Criação da empresa CV Logística Agroalimentar pretende consolidar cadeias de valor do sector primário – ministro

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Criação da empresa CV Logística Agroalimentar pretende consolidar cadeias de valor do sector primário – ministro
24/10/24 - 02:27 pm

Cidade da Praia, 24 Out (Inforpress) – O ministro da Agricultura e Ambiente esclareceu hoje que o objectivo da criação da empresa CV Logística Agroalimentar é «consolidar, estruturar e reforçar as cadeias de valor do sector primário, nomeadamente na agricultura.

Gilberto Silva falava durante a reunião realizada pela Câmara de Comércio do Sotavento (CCS) com os empresários do sector privado que actuam no ramo agroalimentar.

Em declarações à imprensa afirmou que foi um encontro “bastante profícuo” na medida em que permitiu esclarecer inquietações e dúvidas dos empresários, principalmente a ideia de que o Estado estaria a criar uma empresa para concorrer com as actividades desenvolvidas por empresas privadas. 

Segundo o ministro, o que se pretende é criar as “melhores condições” para prestar serviços logísticos que permitam que os produtos cheguem com melhor qualidade ao mercado.

“Estamos a falar aqui de uma empresa que não vai fazer comércio, indústria, agricultura, e que não vai fazer pesca, mas que pode prestar serviço de logística às empresas para que possam fazer mais e, acima de tudo, criar maior valor aos produtos que produzem”, indicou o ministro.

Neste sentido, Gilberto Silva afirmou que não há concorrência, há, sim, complementaridade, um ponto que, garantiu, ficou claro na conversa aberta com os empresários.

Da parte da CCS, o presidente Marcos Rodrigues disse que realmente existiam “algumas dúvidas”, mas que com o encontro entenderam as razões e concordaram também que o sector primário “merece uma atenção especial”, na questão do tratamento dos produtos e transportes e que a empresa vai ajudar neste sentido. 

“Entendemos que nas áreas onde não está o sector privado e que não tem capacidade de actuação, as empresas públicas são sempre bem-vindas”, concretizou.  

Além disso, Marcos Rodrigues congratulou-se com a possibilidade de as empresas privadas comprarem acções da empresa, entendendo que o ideal da economia é que o Estado seja regulador e orientador e não o interventor, mas há “economias principiantes” como é o caso de Cabo Verde que implicam vários actores, e neste caso o próprio Estado.

Afirmou que estão criadas as condições para que as empresas privadas possam participar no capital social da empresa CV Logística Agroalimentar.

Esta adotpa a forma de sociedade anónima de capital público, com um capital social de15 milhões de escudos, dos quais 4,5 milhões do Estado de Cabo Verde e 10,5 milhões dos Correios de Cabo Verde.

OS/AA

Inforpress/Fim 

 

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