Consultor propõe integração da diáspora no planeamento de desenvolvimento de Cabo Verde (c/áudio)

Cidade da Praia, 16 Out (Inforpress) – O consultor do Ministério das Finanças Francisco Tavares propôs hoje que o país privilegie o conhecimento e integre a diáspora no planeamento do desenvolvimento, de modo a incluir a comunidade nas oportunidades e desafios nacionais.

Em declarações à imprensa, enquanto orador do painel “Diáspora, economia, investimento e desenvolvimento: que modelo de integração no desenvolvimento sustentável de Cabo Verde”, sublinhou que o país deve conhecer melhor a sua diáspora e vice-versa.

“A diáspora cabo-verdiana contribui neste momento em dimensão superior ao investimento direito de estrangeiros em Cabo Verde, superior às receitas do turismo em Cabo Verde, mas a diáspora pode fazer muito mais”, declarou. 

Contudo, precisou, isso só será possível pela via do conhecimento.

Daí que propôs que seja privilegiado o conhecimento e trazer a diáspora para o planeamento do desenvolvimento em Cabo Verde. 

“Portanto, trazer a diáspora para os investimentos que são estratégicos no país. Investimentos que resolvem os problemas da conectividade, que realizam o potencial da economia azul, da economia digital, da cultura e das indústrias criativas, que realizam ainda mais o potencial do turismo, da saúde”, indicou, de entre outros. 

Segundo Francisco Tavares estes serviços podem ser oferecidos em Cabo Verde através de investimentos da própria diáspora.

“É por esta via que eu considero que a diáspora pode ser útil, e este diálogo que está a acontecer é muito profícuo para encontrarmos o caminho, porque nós escolhemos o caminho do desenvolvimento sustentável, do planeamento estratégico e por esta via, portanto, a diáspora tem espaço”, afirmou.

Sob o lema “Um diálogo entre o país e a diáspora”, o Congresso Internacional de Quadros Cabo-verdianos decorre até sexta-feira, 17, na Universidade de Cabo Verde (Uni-CV), na cidade da Praia.

Integra diversos painéis sobre cultura, identidade e expressão da cabo-verdianidade no mundo, bem como formas de organização da diáspora, economia azul, digital e criativa, saúde e bem-estar, desafios e oportunidades de cooperação.

ET/AA

Inforpress/Fim