Cidade da Praia, 03 Mai (Inforpress) - O comandante dos Bombeiros da Praia reconheceu hoje que a capacidade de resposta dos Bombeiros da Praia “melhorou muito” nos últimos anos, mas que ainda os desafios da aposta na formação e capacitação dos efectivos precisam ser ultrapassados.
Carlos Teixeira fez estas afirmações em declarações à Inforpress, a propósito do Dia Internacional dos Bombeiros, que se assinala este sábado, 04 de Maio, tendo considerado que a efeméride tem um “significado especial” porque homenageia todos os bombeiros que deram e que dão as suas vidas para salvar a vida dos outros.
Segundo este responsável, não obstante as melhorias de condições de trabalho registadas nos últimos anos, há necessidade de uma aposta em acções de formação visando melhorar, cada vez mais, a capacidade de respostas face às demandas da cidade da Praia.
“A nossa capacidade de resposta melhorou muito nos últimos anos e posso dizer que ultrapassamos 50% da nossa capacidade de responder às demandas na Praia. Há alguns anos, enfrentamos muitos constrangimentos de vária ordem, mas hoje estamos mais capacitados em termos materiais e de recursos humanos e estamos a conseguir dar respostas às demandas no dia-a-dia, que, por sua vez, aumentaram significativamente”, declarou.
Lembrou que os profissionais da corporação desempenham funções em diferentes circunstâncias, daí a necessidade de uma actualização dos conhecimentos e das técnicas da profissão, que, realçou, sofrem algumas alterações a cada ano.
“Os bombeiros desempenham um papel vital na nossa sociedade. Eles estão sempre prontos para responder a emergências e trabalham incansavelmente para proteger a vida, a propriedade e o meio ambiente. A função do corpo de bombeiros é essencial para a segurança e o bem-estar de todos nós, por isso precisamos estar sempre preparados física e mentalmente”, realçou.
Carlos Teixeira congratulou-se com o aumento do número de cinco efectivos que trabalhavam por turno, para 14 elementos, a resolução dos problemas relacionados com os subsídios, fardamento e em termos materiais, informando que os Bombeiros da Praia dispõem neste momento de mais de 10 viaturas entre ambulâncias e carros de combate a incêndios.
Lembrou ainda que além do combate a incêndios, os bombeiros são peças fundamentais na prevenção de fogo e socorro, transporte de acidentados e doentes urgentes, incluindo a urgência pré-hospitalar, no âmbito do sistema integrado de emergência médica e entre outros.
Indicou, por outro lado, que o número de chamadas diárias registadas nos serviços dos Bombeiros da Praia aumentou de seis a quase 30 chamadas diariamente, afiançando que a maioria dos pedidos de socorro é referente a situações sérias e que o maior número é registado aos finais de semana.
Carlos Teixeira apelou, no entanto, a população a evitar pedir a intervenção dos bombeiros em “situações desnecessárias”, justificando que às vezes os problemas têm que ver com consumo exagerado de bebidas alcoólicas ou algum conflito.
“Muitas vezes recebemos chamadas, mas quando a nossa viatura desloca-se ao local verifica-se que o alarme foi falso, ou seja, não aconteceu nada e, muitas vezes, perdemos muito tempo principalmente aos finais de semana e até já sofremos acidentes por causa de pedidos de socorro desnecessários.
O comandante dos Bombeiros da Praia aproveitou para apelar a população para evitar chamadas desnecessárias e a colaborarem com os bombeiros.
O Dia Internacional do Bombeiro, data instituída em 1999, após uma intensa circulação de emails pelo mundo gerada pela trágica morte de cinco bombeiros num incêndio na Austrália, em 1998.
Em 1999, a data foi institucionalizada para homenagear os profissionais pela bravura e reconhecer o seu corajoso papel em operações de busca e salvamento em terra, água e em incêndios florestais ou domésticos, principalmente em situações de catástrofes naturais, tais como, inundações, poluição marinha, sismos, furacões e acidentes industriais.
Organizações internacionais recomendam um rácio de um bombeiro por cada mil habitantes, meta da qual o continente africano está ainda distante.
CM/CP
Inforpress/Fim
Partilhar