China: Relação com Moscovo é “escolha estratégica” - Xi Jinping

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China: Relação com Moscovo é “escolha estratégica” - Xi Jinping
04/11/25 - 08:19 am

Pequim, 04 Nov (Inforpress) – O Presidente chinês, Xi Jinping, afirmou hoje que salvaguardar, consolidar e desenvolver as relações com a Rússia constitui uma “escolha estratégica” para ambos os países, durante um encontro com o primeiro-ministro russo, Mikhail Mishustin, em Pequim.

Xi destacou que a cooperação bilateral “tem avançado com determinação, apesar de um ambiente externo turbulento” e manifestou disponibilidade para alinhar o 15º Plano Quinquenal da China com as estratégias de desenvolvimento económico e social da Rússia, de modo a “promover um crescimento de maior qualidade e nível”, segundo a televisão estatal chinesa CCTV.

O líder chinês, que também é secretário-geral do Partido Comunista, apelou a uma “coordenação estreita” e à implementação dos consensos alcançados com o Presidente russo, Vladimir Putin, para “expandir o bolo da cooperação” e contribuir para o desenvolvimento global e a paz mundial.

Xi apelou ainda ao reforço dos intercâmbios entre os povos e setores sociais dos dois países e à consolidação das parcerias em áreas como energia, agricultura, conectividade e indústria aeroespacial, além da exploração de novas frentes de cooperação em inteligência artificial, economia digital e desenvolvimento verde.

Mishustin transmitiu os cumprimentos de Putin e expressou a vontade de Moscovo em aprofundar a cooperação económica, científica e tecnológica com Pequim, no seguimento dos consensos alcançados pelos dois chefes de Estado.

O encontro decorreu um dia depois de Mishustin se ter reunido com o primeiro-ministro chinês, Li Qiang, em Hangzhou (leste), onde afirmou que os laços entre Moscovo e Pequim “continuam a prosperar apesar das sanções ilegais do Ocidente”.

Mishustin participa esta semana no 30º encontro ordinário entre os chefes de Governo dos dois países, centrado no reforço da cooperação energética, comercial e tecnológica, numa altura em que China e Rússia aprofundam a aliança face à pressão dos Estados Unidos e da União Europeia.

Em fevereiro de 2022, pouco antes da invasão da Ucrânia, Xi e Putin proclamaram em Pequim uma “amizade sem limites” entre os dois países.

Desde então, ambos têm defendido que a parceria “não ameaça nenhum país” e contribui para a construção de um mundo multipolar, ao mesmo tempo que intensificaram os intercâmbios.

Sobre o conflito na Ucrânia, Pequim tem mantido uma posição ambígua, apelando ao respeito pela “integridade territorial de todos os países”, incluindo a Ucrânia, e à atenção às “preocupações legítimas de todos os países”, numa referência à Rússia.

A China também se opõe às “sanções unilaterais ilegais” contra Moscovo, por considerar que estas “não resolvem os problemas”.

Inforpress/Lusa

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