Cidade da Praia, 17 Mai (Inforpress) - A embaixadora de Espanha em Cabo Verde, Ana Paredes, considerou hoje que o país está a revelar-se um exemplo para toda a região da África Subsaariana perante questões da comunidade Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgénero (LGBTI).
Ana Paredes falava na cerimónia de apresentação do projecto “Nos Direitu” que tem como propósito a promoção dos Direitos LGBTI em Cabo Verde, liderado pelo Instituto Cabo-verdiano para a Igualdade e Equidade de Género (ICIEG), numa parceria com a Fundación Triángulo, Cooperação Espanhola.
“Esperamos que a intervenção e a vontade política cabo-verdianas possam servir de modelo a outros países vizinhos”, afirmou a diplomata, sublinhando que a implementação do primeiro projecto denominado “Nu sta Li”, e também deste, constitui um marco histórico uma vez que no continente africano, conforme referiu, é “complicado” abordar a defesa dos Direitos Humanos das pessoas LGBTI.
“Com este segundo projecto que hoje lançamos, liderado pelo ICIEG e pela Fundación Triángulo, vamos contribuir para reforçar as estruturas institucionais e educativas de Cabo Verde, através da integração de uma abordagem da diversidade sexual e de género, e continuar a reforçar as organizações da sociedade civil”, manifestou.
Congratulando-se ainda com o lançamento do “Nos Direitu: Contributos para a consolidação do exercício dos direitos humanos LGBTI em Cabo Verde em coerência com a Agenda 2030”, no Dia Internacional contra Homofobia, Transfobia e Bifobia, assinalado a 17 de Maio, a diplomata ponderou, entretanto, que aquando da elaboração da Agenda 2030 algumas das propostas do movimento LGBTI não puderam ser incorporadas.
“Ainda assim, a Agenda 2030 tem como objectivo claro: Não deixar ninguém para trás. E isso implica trabalhar para erradicar a discriminação em todas as áreas, incluindo todos os actos que poderiam afectar o desenvolvimento social, pessoal, económico ou cultural de uma pessoa”, salientou.
Nisto, referiu que a Espanha é um país que está verdadeiramente empenhado na defesa dos direitos LGBTI, tanto a nível interno como através da sua proposta de política externa.
“O nosso país entende que a luta contra a discriminação com base na orientação sexual e na identidade de género deve ser uma das suas prioridades a abordar na promoção e protecção dos Direitos Humanos através da sua política externa”, reiterou.
Ana Paredes concluiu desejando o maior sucesso na implementação do projecto “Nos Direitu” e na obtenção dos resultados esperados em prol da defesa dos Direitos Humanos do colectivo LGBTI.
O projecto “Nos Direitu”, que conta também com o apoio de várias instituições governamentais, é uma iniciativa pioneira que busca promover e proteger os direitos humanos das pessoas LGBTI, homofobia, transfobia e bifobia em Cabo Verde.
Alinhado com a Agenda 2030, enfatiza a importância da inclusão e da igualdade, visando criar uma sociedade “mais justa e equitativa”.
SC/CP
Inforpress/Fim
Partilhar