Cidade da Praia, 03 Jul (Inforpress) – O Governo lança hoje, em Angola, uma convocatória que apela à participação dos cidadãos residentes em mais de 42 países a participarem numa operação estatística global destinada a mapear a presença e a realidade na diáspora.
O acto de lançamento oficial do Inquérito Principal do Projeto de Mapeamento da Diáspora Cabo-verdiana no Mundo vai ser realizado numa parceria entre o Governo, através do Instituto Nacional de Estatística (INE) e Embaixada de Cabo Verde em Angola, com o apoio do Banco Mundial.
Pela primeira vez, o Estado de Cabo Verde, de acordo com o Palácio da Várzea, vai realizar “uma operação estatística global, inédita e sistemática”, com o objetivo de saber quantos são, onde estão, quem são, como vivem e estão organizados nas comunidades espalhadas pelo mundo.
Daí que, nos próximos 90 dias, estão convocados todos os cidadãos residentes em mais de 42 países dos cinco continentes (África, América, Europa, Ásia e Oceânia) a participarem nesta “grande operação de cidadania” e de “fortalecimento dos laços nacionais”.
“Este é um momento histórico e transformador, que ocorre no ano em que Cabo Verde assinala os 50 anos da sua Independência nacional – uma ocasião para refletirmos sobre quem somos, de onde viemos e para onde queremos seguir como Nação soberana, coesa e global”, sublinhou.
Para participar, explicou, basta aceder à plataforma digital do INE: www.ine.cv/mapeamento ou colaborar com os inquiridores devidamente credenciados pelo INE e pelas missões diplomáticas e consulares de Cabo Verde no mundo.
“Todos os cabo-verdianos, de todas as gerações e origens, são chamados a responder a esta convocatória histórica. Este inquérito não é apenas um levantamento de dados: é um ato de pertença, reconhecimento e compromisso coletivo com o futuro do país”, reforçou.
O Governo esclarece que os dados recolhidos serão fundamentais para conceber políticas públicas mais justas, eficazes e inclusivas, colocando a diáspora no centro do desenvolvimento nacional.
A escolha de Angola para acolher o lançamento oficial prende-se, segundo a mesma fonte, com o facto de ser esta a maior comunidade cabo-verdiana em solo africano, e também símbolo de memória, sacrifício e dignidade, onde milhares de cabo-verdianos ajudaram a construir e reconstruir vidas, famílias e comunidades.
ET/AA
Inforpress/Fim
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