Santo Antão: AMIPAUL aposta em unidade de costura para formar e produzir com marca local

Paul, 01 Ago (Inforpress) – O presidente da AMIPAUL, Saturnino Baptista, anunciou hoje a criação de uma unidade de produção e formação no concelho do Paul, destinada à confeção de uniformes, fardamentos e souvenirs, com o selo “Made in Paul”.

Em declarações a imprensa, Saturnino Baptista explicou que a iniciativa visa conjugar tradição e inovação, proporcionando aos formandos uma oportunidade de capacitação prática enquanto se cria uma linha de produtos com identidade local, voltada tanto para o mercado nacional como para o turismo.

“Conseguimos adquirir oito máquinas de costura industriais e outros equipamentos, que já estão instalados em duas salas cedidas pelo Ministério da Educação. Parte do financiamento também já foi assegurada e a formação inicial já arrancou”, indicou.

Segundo o responsável, o projeto, que surgiu após uma primeira experiência de formação em costura criativa, beneficia atualmente 12 pessoas sendo 10 mulheres e dois homens e prevê uma segunda fase formativa dedicada às técnicas tradicionais de rendas e bordados.

No final, segundo a mesma fonte o objetivo é instalar um ateliê funcional, onde se formam profissionais enquanto se desenvolve produção.

“Queremos dar tempo aos formandos para testarem as suas capacidades. Depois, o formador regressa para a segunda fase, centrada nas rendas e bordados, completando assim o ciclo. O nosso modelo é formar e produzir em simultâneo”, explicou.

Saturnino Batista disse que para além da produção de uniformes, a unidade poderá ainda prestar serviços a instituições e desenvolver peças de costura criativa que valorizem elementos da cultura local, integrando-os em novos estilos.

O projeto poderá vir a envolver mais participantes, conforme surjam novas encomendas, o que, segundo o presidente da AMIPAUL, reforça a importância de continuar a formar pessoas e expandir a capacidade de produção local.

Por sua vez a formanda Antónia Alves considerou a experiência enriquecedora.

“Já tinha alguma prática em corte e costura desde menina, mas agora estou a aprender com máquinas industriais. Já fizemos batas, uniformes e aprendemos muito em pouco tempo. Temos uma equipa unida e uma formadora muito competente”, sublinhou.

LFS/JMV

Inforpress