Cidade da Praia, 17 Dez (Inforpress) – Cabo Verde e a República do Djibouti, da África, discutiram hoje a possibilidade de uma cooperação bilateral entre os dois países, e como desenvolver acções importantes para facilitar as relações entre os Estados-membros da sub-região.
Esta ideia saiu de uma visita efectuada pela ministra da Mulher e da Família da República do Djibouti, Mouna Osman Aden, ao Presidente da República, José Maria Neves, como enviada especial da mensagem oficial do Presidente República do Djibouti Ismaël Omar Guelleh, sobre a candidatura do político Mahmoud Ali Youssouf à presidência da União Africana.
"Pudemos compartilhar e discutir as possibilidades de cooperação bilateral entre nossos dois países, Cabo Verde e Djibouti. Quais seriam as vantagens de aproveitar as posições geoestratégicas de nossos dois Estados e como poderíamos valorizar essa vantagem", explicou.
Em declarações à imprensa, Mouna Osman Aden avançou que através do encontro foi possível ainda divulgar a visão estratégica e os objectivos da candidatura de Mahmoud Ali Youssouf à presidência da Comissão da União Africana assentes em transformar uma África num continente mais proactivo unido e solidário.
“O candidato Mahmoud Ali Youssouf é um homem de consenso, um homem que sabe unir as energias e criar sinergias entre nossos diferentes Estados e, sobretudo, em nossas diferentes regiões”, caracterizou, explicando que a sua visão defende uma África empenhada contra as diversas crises mas que ajuda na implementação da agenda 2063 da União Africana, a promover a paz e segurança.
“Esta é uma visão inclusiva que coloca o povo africano no centro das acções da União Africana. O apoio que vem portanto de Cabo Verde é um apoio muito importante para nós e faz eco da visão partilhada de uma África mais forte, unida e capaz de enfrentar desafios em conjunto”, concretizou.
Em Agosto, a União Africana divulgou a lista dos quatro candidatos à presidência da Comissão da UA, órgão executivo, nomeadamente, Youssouf, do Djibuti, Raila Odinga, do Quénia, Richard Randriamandrato, de Madagáscar, e Anil Gayan, das Maurícias.
O organismo pan-africano, que conta com 55 Estados-membros, realiza eleições na Cimeira da UA a ter lugar em Fevereiro próximo, para escolher o sucessor do tchadiano Moussa Faki Mahamat na presidência da Comissão da UA, que exerce o cargo desde 2017.
O mandato de quatro anos, renovável uma vez a sair das próximas eleições de Fevereiro, está reservado a um representante da África Oriental.
Youssouf, de 58 anos, é o actual ministro dos Negócios Estrangeiros do pequeno País do Corno de África desde 2005.
A eleição é por voto secreto e o vencedor deve obter uma maioria de dois terços dos votos entre os Estados-membros da UA elegíveis.
LT/ZS
Inforpress/Fim
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