Brava: Psicóloga do ICCA considera “principio básicos” as crianças conhecerem os limites dos seus corpos

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Brava:  Psicóloga do ICCA considera “principio básicos” as crianças conhecerem os limites dos seus corpos
22/02/24 - 06:26 pm

Nova Sintra, 22 Fev (Inforpress) – A psicóloga do Instituto Cabo-verdiano da Criança do Adolescente(ICCA), na Brava, Cátia Santos, considerou que ensinar as crianças a conhecerem os limites dos seus corpos é o “principio básico” de autocuidado e proteção contra o abuso sexual.

Estas declarações foram feitas hoje à Inforpress, à margem de uma conversa aberta, realizada pelo ICCA, no Jardim infantil Padre Pio, cujo tema foi prevenção de abuso sexual contra menores.

Conforme explicou esta responsável, o objetivo da conversa foi o de levar as crianças a conhecerem o limite dos seus corpos, ou seja, fazer com que elas saibam onde podem ser tocadas ou não, sem as suas permissões.

“Vamos ajudá-las a identificar as possíveis situações de riscos, explicar-lhes como e em quem podem confiar, para contar algum acontecimento na perspetiva de segurança. Todas as crianças de qualquer faixa etária devem conhecer os limites dos seus corpos”, salientou.

Daí, segundo a mesma, explicaram às crianças que não podem submeter a ameaças, isso porque, muitas vezes, elas guardam segredos, tendo em conta que sofrem intimações. 
Também, de acordo com a psicóloga, foi abordada a questão de “saber dizer não” quando qualquer indivíduo tentar tocar nas suas partes íntimidações.

“Fizemos com que as crianças entendessem que os seus corpos são privados, pois se a criança não souber que existem partes que são íntimas, a tendência é deixar alguém tocá-las, achando que é uma coisa normal”, realçou.

A psicóloga considerou ainda ser muito importante que as crianças saibam esses limites, porque muitas vezes, os abusos acontecem dentro do seio familiar, isso porque, a vítima tem um vínculo afetivo pelo agressor e, por isso, confia e deixa a pessoa tocar-lhe, “uma situação que não podem permitir que aconteça”.

Cátia Santos finalizou, esclarecendo aos pais e encarregados da educação que ensinar os nomes das partes íntimas das crianças não implica necessariamente despertar interesse pela vida sexual, considerando ainda ser muito importante as crianças conhecerem os nomes corretos das partes do corpo, tendo em conta que isso faz parte da educação básica e da compreensão do próprio corpo.

DM/JMV
Inforpress/fim

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