Nova Sintra, 04 Jun (Inforpress) - Os alunos ensino básico obrigatório da Escola Manuel Rodrigues Gomes saíram hoje às ruas, em Nova Sintra, numa marcha para sensibilizar e chamar a atenção da sociedade para os deveres e direitos das crianças.
A marcha foi organizada pela delegação do Instituto Cabo-verdiano da Criança e do Adolescente (ICCA) na Brava com vista a assinalar o Dia Internacional da Criança Inocente, Vítima de Agressão e Dia Internacional do Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, celebrados hoje.
A responsável da ICCA na Brava, Cátia Santos, explicou que o objectivo para assinalar a data é chamar atenção da comunidade bravense para a necessidade de se estar sempre em alerta sobre a situação do abuso e exploração sexual de menores, que é uma realidade no município e no país inteiro.
“Queremos despertar nos pais e encarregados da educação a responsabilidade que eles possuem, com um compromisso sério, tendo em conta que as crianças devem ser protegidas pelos seus protetores”, ressaltou.
De acordo com a responsável, a marcha foi realizada em parceria com a Delegação Escolar, Polícia Nacional e o Comité Municipal da Defesa dos Direitos das Crianças na Brava (CMDDCB).
Entretanto, avançou que ainda tem registado alguns casos de abuso sexual na ilha, mas assegurou que estão a trabalhar arduamente para reduzir os números de casos.
Por sua vez, o porta-voz e membro do CMDDCB, João Monteiro, considerou ser muito importante a realização desta marcha, sendo que é uma forma de sensibilizar a população e que o “grito e eco” das crianças a clamarem pelos seus direitos sejam respeitados.
“O nosso dever e responsabilidade é cuidar dos direitos de cada criança e entender, através dos seus ecos e olhares, as suas necessidades, tendo em conta que elas são a base de tudo e carecem dos nossos cuidados, mesmo que não sejamos os pais”, realçou.
Contudo, considerou que deveria haver mais actividades do género, isso porque hoje “estamos numa sociedade que está a trocar valores e é indispensável que haja sensibilidade, e o grito de mais trabalhos, para que todos possam fazer melhor os seus papéis”.
“Por mais que pensamos que o trabalho de sensibilização está sendo feito, ainda existem coisas que ainda estão debaixo do tapete que precisamos saber e eliminar, portanto o nosso objectivo e clamar a atenção da população a não deixar nada escondido, pois sempre podemos dar mais por esta causa”, finalizou.
DM/JMV
Inforpress/Fim
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