Nova Sintra, 28 Ago (Inforpress) – Operadores económicos da ilha Brava dizem-se “preocupados e impotentes” com a falta de produtos de primeira necessidade nos seus estabelecimentos, uma situação que atribuem à ausência de um transporte marítimo de carga regular.
Em declarações à comunicação social, Daniel Tavares, gerente do minimercado Poupança, salientou que a falta de um navio de cabotagem regular tem impedido a chegada de mercadorias básicas e a situação tem causado sérios transtornos aos consumidores.
Segundo a mesma fonte, esta situação tem colocado em risco não só as actividades comerciais, mas também o direito da população ao acesso de bens indispensáveis.
Para além de água engarrafada certificada, Daniel Tavares informou ainda que os produtos ensacados, como milho, enfrentam neste momento ruptura, que já se prolonga há mais de um mês, o que tem agravado a situação no abastecimento local.
"Manifestamos o nosso protesto contra esta realidade insustentável que compromete a vida diária das famílias e a confiança dos clientes", disse indicando que estão a envidar todos os esforços para minimizar o efeito da crise, apelando à compreensão das pessoas.
O comerciante Benvindo Gomes, embora reconheça que o navio "Kriola" faz a sua ligação semanal, lamentou que a embarcação só transporte pequenas quantidades de mercadoria, insuficientes para o abastecimento total da ilha.
Segundo a mesma fonte, para garantir o reabastecimento adequado das lojas é necessário um navio com maior capacidade de carga, como o "13 de Janeiro" ou o "Dona Tututa".
“As viagens para os passageiros, podemos dizer que está tudo bem, mas para abastecer as lojas é preciso ter barcos de cabotagem regular”, defendeu Benvindo Gomes.
Os comerciantes apelam à CV Interilhas para que providencie viagens regulares com um navio de carga maior, como o "Dona Tututa", mesmo que seja apenas uma vez por semana.
A Inforpress tentou contactar a CV Interilhas para se pronunciar sobre o assunto, mas sem sucesso.
DR/CP
Inforpress/Fim
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