Boa Vista: JpD critica “inaugurações de última hora” pela câmara municipal

Sal Rei, 12 Out (Inforpress) – O presidente concelhio da JpD na Boa Vista criticou hoje o edil boa-vistense por ter inaugurado o espaço jovem “no último dia permitido por lei” e acusa-o de querer enganar os jovens que, alegadamente, “abandonou durante o mandato”.

Tomilson Neves fez estas declarações em conferência de imprensa em Sal Rei, na sequência da inauguração por Cláudio Mendonça, do novo Espaço Jovem, situado no Pavilhão Municipal Seixal, no dia 01 de Outubro.

Por imposição do Código Eleitoral, a partir do dia 02 de Outubro ficam proibidas as inaugurações e lançamentos de projectos e primeiras pedras, tendo em conta as eleições autárquicas marcadas para o dia 01 de Dezembro próximo.

O presidente concelhio da Juventude para a Democracia (JpD) anotou, a este propósito, que Boa Vista sempre teve grandes e excelentes centros da juventude em todos os povoados devido à importância dos jovens no desenvolvimento da ilha.

Segundo Tomilson Neves, as infra-estruturas, construídas de raiz durante anteriores mandatos, assim como o polidesportivo Seixal, concebido para a prática de modalidades de salão e alojamento de caravanas, agora denominam-se de “espaço jovem” para tentar transmitir a “falsa ideia” de ter uma política para a “juventude da ilha esquecida durante o mandato”.

Classificou como “irracional” essa opção e questionou o porquê do antigo Centro da Juventude de Sal-Rei não ter sido valorizado, aproveitando a sua proximidade do liceu, afirmando que o estado de abandono e degradação do centro é uma demonstração da desvalorização das infra-estruturas da ilha.

“Os nossos jovens, felizmente, não se deixam enganar com placas de obras colocadas no calar da noite do último dia permitido por lei, nem com ofertas de sacos de cimentos, verguinhas, materiais de mergulho, botes, motores, mala térmicas e motorizadas, adquiridas com o suor dos seus impostos”, afirmou Tomilson Neves.

O presidente concelhio da JpD questionou se o autarca julga que os jovens, “abandonados no seu mandato”, vão-lhe dar uma segunda chance, e conclui dizendo que a democracia não se compagina com semelhantes atitudes de “condicionamento do voto livre”.

MGL/CP

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