Sal Rei, 02 Jun (Inforpress) – O Ministério da Cultura e das Indústrias Criativas assinou hoje o contrato de apoio financeiro com seis escolas da ilha selecionadas no âmbito do programa Bolsa de Acesso à Cultura.
O acordo prevê um investimento de 1.129.500 escudos e visa reforçar a formação a formação artística e cultural de jovens cabo-verdianos, através da atribuição de bolsas que garantem o acesso à educação nas áreas da cultura e das indústrias criativas.
De acordo com esse ministério, um total de 352 alunos serão abrangidos por esta medida na ilha, dos quais 219 são do sexo feminino e 133 do sexo masculino.
A cerimónia teve lugar no Centro de Arte e Cultura (CAC), onde estiveram presentes a vereadora da Cultura, Nádia Santos, a coordenadora do Programa BA-Cultura, Indira Lima, e os representantes das seis escolas, associações e ONGs contempladas.
Indira Lima destacou a importância do investimento, mas afirmou ser irrisório perante todo o trabalho que as associações- Alcateia and Teen Wolf Family, a Desportiva e Cultural Abadá Capoeira Boavista, a Akuna Matata, a Associação Internacional de Missões o Caminho, a Murada Viva e Criativa – MUVIC, Tamara Ishmukhametova S2 Arte Place, Sociedade Unipessoal, LDA - Escola de Dança Art Place Sisters 2- têm estado a desempenhar junto de crianças e jovens.
A coordenadora do BA-Cultura também contextualizou o financiamento local dentro de uma visão nacional, revelando que o programa já apoia 124 escolas em todo o país, com um orçamento previsto de 32 milhões de escudos para 2025, evidenciando a ambição de transformar Cabo Verde através da arte.
Nádia Santos reforçou o papel das crianças que são o “alvo mais importante” do programa, celebrando o talento e a força demonstrado e elogiou o crescimento do BA-Cultura que, disse, "atrai meninos de rua" e os direciona para "algo saudável, algo para a vida".
A responsável agradeceu o “incansável trabalho” dos parceiros locais, e assegurou que a autarquia continuará a apoiar as iniciativas culturais dentro das suas possibilidades e competências.
Irina Fonseca, que falou em nome dos representantes das associações, sublinhou o impacto do programa e de como “a arte nos leva a um patamar elevado" e à” superação e expressão do potencial.
Expressou o seu agradecimento, assim como o professor da MUVIC, Jaquelino Furtado, recém-contemplado, destacou como a iniciativa vai além da dança, alcançando idosos, pessoas carenciadas, e abrindo portas para o mercado de trabalho.
MGL/JMV
Inforpress/Fim
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