BCV pretende realizar pesquisa para perceber utilização que tem sido conferida à moeda

Cidade da Praia, 02 Ago (Inforpress) - O Banco de Cabo Verde asseverou hoje que o país tem em circulação 68,9 milhões de moedas, em todas as denominações, pelo que pretende realizar uma pesquisa de mercado para perceber que utilização tem sido conferida à moeda.

Esta informação foi avançada em comunicado de imprensa face às notícias veiculadas na comunicação social sobre a alegada escassez de moedas no país, desde Junho de 2021.

Segundo a mesma fonte, o Banco de Cabo Verde (BCV), enquanto banco emissor e responsável pela circulação fiduciária, faz o “acompanhamento contínuo” da evolução da circulação do meio circulante, bem assim das necessidades do mercado, e que ao longo dos anos tem vindo a reforçar o stock de moedas para atender às demandas do mercado.

Nesta medida, e face à alegada escassez de moedas no país, pretende realizar uma pesquisa de mercado, visando perceber a utilização que tem sido conferida à moeda, “na certeza” de que os resultados obtidos poderão constituir “importantes indicadores” para o planeamento das políticas do meio circulante (notas e moedas), produção, distribuição, processamento e fiscalização.

“Os resultados do inquérito poderão, também, auxiliar o banco central a melhorar a comunicação junto dos cabo-verdianos, transmitindo a ideia da importância de se fazer o bom uso do meio circulante”, refere o documento.

Assegurando que actualmente, em Cabo Verde existem em circulação 68,9 milhões de moedas, em todas as denominações, o BCV explica, na mesma nota, que da actual emissão de moedas em circulação foram produzidas, aproximadamente, 70 milhões de moedas, sendo que o BCV emite, anualmente, em média 2,3 milhões de moedas.

Neste contexto, aponta ainda, que em Setembro de 2021, o Banco Central fez um reforço de 5,4 milhões de moedas, tendo colocado em circulação, “de imediato”, 54,4 por cento (%) da quantidade total produzida para fazer face às necessidades do mercado, encontrando-se em circulação, para além das moedas correntes, diversas moedas comemorativas usadas também para efeitos de pagamento.

Considerando a quantidade de moedas, actualmente em circulação, o BCV aproveita a oportunidade para apelar à população no sentido de não as reter em casa, devendo efectuar o seu depósito junto dos bancos comerciais e utilizá-las como meio de pagamento, contribuindo para a sua efectiva circulação, destacando que os pagamentos através dos instrumentos electrónicos são incentivados, no âmbito da estratégia de digitalização da economia.

“Para além de um novo reforço do stock de moedas, em curso, o BCV está a preparar uma campanha de sensibilização, cujo objectivo é incentivar os consumidores que possam ter moedas guardadas em casa, para que as depositem nos bancos, e/ou as utilizem nos pagamentos do dia-a-dia”, refere o documento.

Quanto à suposta fundição de moedas, o BCV diz não dispor de dados concretos, pelo que instiga a quem tiver conhecimento, a denunciar eventuais práticas ilícitas, junto das autoridades competentes, nomeadamente do Banco de Cabo Verde e/ou da polícia de investigação criminal.

“Para que possam ser investigadas e tomadas medidas cabíveis contra os infractores, o Banco de Cabo Verde e a Polícia Judiciária estão em estreita articulação e coordenação, com vista à investigação de eventuais práticas ilícitas”, assinalou.

 SC/CP

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