BCV mantém taxas de juro inalteradas e projecta crescimento económico moderado em 2025

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BCV mantém taxas de juro inalteradas e projecta crescimento económico moderado em 2025
31/10/25 - 07:02 pm

Cidade da Praia, 31 Out (Inforpress) – O conselho de administração do Banco de Cabo Verde (BCV) decidiu manter inalteradas as principais taxas de juro de referência, na sequência da reunião ordinária realizada a 30 de Outubro, sob recomendação do Comité de Política Monetária.

Segundo uma nota do BCV, a taxa directora mantém-se em 2,5%, enquanto as taxas da facilidade permanente de cedência e de absorção de liquidez permanecem em 2,75% e 2,25%, respectivamente.

A decisão, explica a autoridade monetária, tem em conta o contexto económico e financeiro atual, marcado por um crescimento económico positivo, embora mais moderado, e por um ambiente internacional ainda condicionado por tensões comerciais e incertezas globais.

No primeiro semestre, a actividade económica nacional continuou a crescer, mas a um ritmo inferior ao registado em anos anteriores.

O BCV prevê para 2025 um crescimento do PIB em torno dos 5,5%, com nova desaceleração em 2026 para cerca de 4,8%, valor próximo do potencial de crescimento da economia cabo-verdiana.

Relativamente à inflação, segundo o banco central, a taxa média anual situou-se em 2,1% em Agosto, influenciada pelo aumento de preços nos mercados internacionais.

As projecções apontam para uma subida da inflação para 2,4% em 2025, seguida de uma redução para 1,7% em 2026.

O BCV sublinha ainda que as medidas implementadas no âmbito da normalização da política monetária têm garantido a estabilidade de preços e a defesa do regime cambial de peg fixo ao euro, contribuindo para a recuperação das reservas internacionais, que deverão atingir 955 milhões de euros em 2025, o equivalente a cerca de oito meses de importações.

A instituição afirma que continuará a monitorizar a evolução dos principais indicadores económicos, com especial atenção à inflação, e está preparada para intervir, se necessário, de forma a assegurar a estabilidade de preços, a solidez do sistema financeiro e a credibilidade do regime cambial.

RL/CP

Inforpress/Fim

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