Associação Acarinhar quer descentralizar serviço e abrir centros de cuidados nas ilhas do Fogo, Brava e Santo Antão

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Associação Acarinhar quer descentralizar serviço e abrir centros de cuidados nas ilhas do Fogo, Brava e Santo Antão
15/04/24 - 12:46 pm

Cidade da Praia, 15 Abr (Inforpress) -  A Associação das Famílias e Amigos de Crianças com Paralisia Cerebral (Acarinhar) quer descentralizar os seus serviço e, por isso, pretende abrir centros nos restantes municípios de Santiago e nas ilhas Fogo, Brava e Santo Antão.

A meta projectada para este ano visa, segundo a presidente Teresa Mascarenhas, responder à demanda e contribuir para a melhoria da qualidade de vida da criança e dos seus familiares.

A mesma fonte falava à Inforpress no ateliê de pintura organizado para assinalar, hoje, os 17 anos da Associação Acarinhar.

Na cidade da Praia, avançou, a associação trabalha neste momento apenas com um auxiliar de serviço administrativo e um auxiliar de serviços gerais para dar acompanhamento, seguimento e suporte pedagógico às 200 crianças registadas com paralisia cerebral.

Em Santa Cruz, Teresa Mascarenhas disse que o projecto desenvolvido, em parceria com a câmara local, ficou estipulado que a autarquia assume todas as responsabilidades financeiras enquanto a associação encarrega-se exclusivamente de acompanhar os oito cuidadores.

Acrescentou que nos municípios de São Lourenço dos Órgãos e São Miguel também funcionam centros que oferecem cuidados intensivos e programados com o intuito de dar respostas às necessidades diárias apresentadas pelas crianças e jovens do grupo.

Teresa Mascarenhas especificou que os 17 anos simbolizam “entrega e trabalho”, bem como desafios ligados aos recursos e sustentabilidade, reiterando que, “pelo nível motor comprometido”, a maioria dos cadeirantes não conseguem conduzir o próprio veículo.

O que torna a tarefa ainda mais difícil, acentuou, uma vez que exige técnicos especializados na área.

“Estamos num país onde as famílias têm poucos recursos, as crianças precisam de cadeiras de roda. A Acarinhar precisa por exemplo de transporte adaptado porque usar uma viatura normal é difícil colocar e tirar as crianças” avançou, manifestando-se grata pelo resultado alcançado até este tempo.

Segundo Teresa Mascarenhas, hoje as famílias sabem que tem uma organização direcionada à paralisia cerebral e a sociedade já conhece os serviços de cuidados prestados pela organização.

LT/AA

Inforpress/Fim

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