Cidade da Praia, 13 Nov (Inforpress) - A Associação Ambientalista de Santiago (Aclim) alertou hoje a Comissão Nacional de Eleições (CNE), na cidade da Praia, para priorizar a preservação ambiental nas campanhas eleitorais.
Segundo o presidente da Aclim, Euclides dos Santos, o principal objectivo deste alerta é promover uma “campanha limpa”, sem poluição visual ou ambiental, assegurando o respeito pelo meio ambiente e o cumprimento das normas legais.
A iniciativa da associação, continuou, é apelar à CNE, em cooperação com as autoridades ambientais, a intensificar durante o período de campanha, procurando reduzir no mínimo a poluição ambiental (…).
Neste ponto, recomendou aos candidatos e às organizações que suportam a adoptarem “práticas sustentáveis”.
Euclides dos Santos alertou que a legislação sobre a proibição de poluição das vias públicas “é clara”, e as campanhas devem refletir respeito pela comunidade e pelo eleitor, alegando que campanhas limpas são um sinal de compromisso com o futuro do município e com o meio ambiente.
Nesse sentido, a Aclim solicita que a Comissão Nacional de Eleições intensifique as acções para garantir o cumprimento das normas ambientais durante a campanha eleitoral.
Euclides Santos advertiu para a importância do uso de meios digitais na divulgação das informações da campanha, destacando a necessidade de fortalecer as equipes municipais de saneamento.
O mesmo enfatizou a importância de treinar e mobilizar pessoas para garantir a realização de uma campanha eleitoral limpa em todo o país.
“Uma campanha limpa é um passo importante para a construção de um ambiente eleitoral mais consciente e responsável (…) a associação reafirma o compromisso com a preservação do ambiente terrestre e marinho e com a promoção de eleições que respeitam não apenas o calendário eleitoral democrático, mas também o desafio da sustentabilidade ambiental”, adiantou.
Concluiu que a comunidade desempenha “um papel fundamental”, apelando aos cidadãos para “cobrarem aos partidos políticos” o respeito pela limpeza das vias públicas, evitando que as ruas fiquem sujas e cobertas de lixo após os eventos de campanha eleitoral.
“Mas a comunidade também tem que chamar a atenção aos partidos políticos de que não devam sujar as ruas, não devam, então, depois dos comícios, deixar a rua toda suja. Porque esse lixo acabará, de uma certa forma, por chegar ao mar e poluir o oceano”, sintetizou Euclides dos Santos.
A Aclim diz contar com o apoio de várias entidades que estão a “abraçar esta causa”, incluindo organizações da sociedade civil, associações locais, além do Ministério do Mar e do Ministério da Agricultura.
Contudo, a associação enfrenta desafios financeiros que dificultam a realização plena das suas iniciativas.
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Inforpress/Fim
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