Cabo Verde encerra comemorações dos 50 anos da independência com apelo à defesa da liberdade e da democracia

Inicio | Política
Cabo Verde encerra comemorações dos 50 anos da independência com apelo à defesa da liberdade e da democracia
19/12/25 - 09:56 pm

Espargos, 19 Dez (Inforpress) – A ministra Janine Lélis afirmou hoje que Cabo Verde chega aos 50 anos de Independência com “orgulho, liberdade consolidada e instituições fortes”, graças à resiliência do povo e ao compromisso colectivo com a democracia e o desenvolvimento.

No discurso de encerramento das comemorações dos 50 anos da independência, a ministra da Presidência do Conselho de Ministros e dos Assuntos Parlamentares destacou o percurso histórico do país, marcado por “sacrifício, união e capacidade de transformar as adversidades em força”, sublinhando que nenhuma dificuldade colocou em causa a soberania nacional nem os valores da liberdade e do Estado de Direito.

Janine Lélis realçou o papel das instituições democráticas, do respeito pela separação de poderes e da participação cívica dos cidadãos na consolidação dos ganhos alcançados ao longo de 34 anos de democracia.

Alertou, contudo, para a necessidade de vigilância permanente face a eventuais ameaças à democracia.

A ministra enalteceu o contributo do Banco de Cabo Verde nas celebrações, com o lançamento da moeda comemorativa de 200 escudos, e agradeceu às autarquias, à diáspora, à sociedade civil e a parceiros internacionais pela ampla mobilização nacional e internacional que marcou as festividades.

Segundo afirmou, as comemorações serviram,  igualmente, para reflectir sobre os desafios futuros, incluindo reformas na justiça, modernização administrativa, proteção ambiental e reforço da coesão social e territorial, apelando à continuidade do esforço para consolidar a liberdade e o desenvolvimento nas próximas décadas.

A administradora do Banco de Cabo Verde (BCV), Antónia Lopes, afirmou que a emissão da moeda comemorativa reafirma o compromisso da instituição com a Nação, não apenas enquanto garante da estabilidade monetária e financeira, mas também enquanto guardiã da memória histórica.

Segundo explicou, a moeda é um “símbolo duradouro que atravessa gerações e testemunha a história do país”, sendo as emissões comemorativas verdadeiros arquivos da identidade nacional.

Antónia Lopes destacou ainda que, num contexto de transformação digital, o BCV projeta a coexistência futura entre a moeda física e a moeda digital do banco central, assegurando inovação, inclusão financeira e soberania monetária.

Por sua vez, o presidente da Câmara Municipal do Sal, Júlio Lopes, considerou que os 50 anos da Independência representam um “momento maior” de reflexão sobre o caminho percorrido, os desafios superados e o futuro colectivo da Nação.

Enalteceu a coragem do povo cabo-verdiano, capaz de transformar dificuldades em resiliência e escassez em oportunidades, e sublinhou que o recente estatuto de país de rendimento médio-alto constitui um reconhecimento internacional, mas também impõe maiores responsabilidades em termos de governação, rigor e sustentabilidade.

O autarca destacou ainda o simbolismo de a ilha do Sal acolher o encerramento das comemorações nacionais.

A cerimónia ficou marcada pelo lançamento oficial das moedas comemorativas dos 50 anos da Independência, simbolizando a soberania, a memória histórica e a continuidade do projeto coletivo de Cabo Verde

NA/JMV

Inforpress/Fim

Partilhar