
Cidade da Praia, 10 Dez (Inforpress) – A Comissão de Coordenação do Álcool e outras Drogas (CCAD) considerou hoje que a fiscalização constitui o “grande desafio” para o controlo eficaz do tabaco e do álcool, apesar de o país estar munido de “boas leis”.
A avaliação foi feita pela secretária executiva da CCAD, Raquel Lopes, que falava à imprensa na cidade da Praia, à margem de uma acção de capacitação centrada na Nova Lei do Tabaco e na apresentação dos resultados do II Inquérito Global sobre o Tabagismo no Seio dos Jovens (GITS), realizado em 2023.
“Estamos na fase de capacitação das entidades fiscalizadoras, Polícia Nacional, Polícia Municipal e Alfândega, para que possam implementar no terreno as suas acções de fiscalização. Nós entendemos que a fiscalização é muito importante para as leis do tabaco e também do álcool”, afirmou.
O estudo, segundo explicou, revela que 10,5 por cento (%) dos jovens, da idade entre 13 a 15 anos, consome qualquer produto do tabaco, enquanto que 6,6% fazem consumo dos cigarros eletrónicos, um problema, conforme frisou, que está a ganhar espaço no país.
Ainda segundo a secretaria executiva da CCAD, 13,8% dos jovens inquiridos revelaram que estão expostos ao fumo passivo.
“Este é um problema grave também, porque o fumo passivo é prejudicial tanto quanto o fumo activo”, alertou Raquel Lopes, indicando que as acções de sensibilização da CCAD visam também chamar atenção dos pais e encarregados de educação que fumam perto dos seus filhos.
A questão do acesso ao tabaco por menores também veio à tona, com 29,5% dos jovens a afirmar que compram o produto numa loja e 38,8% a consegui-lo através de terceiros, o que, segundo a responsável, levanta “sérias questões” sobre a fiscalização da venda a menores.
Os workshops de capacitação têm como objectivo dotar os agentes fiscalizadores de ferramentas sobre a Nova Lei do Tabaco, permitindo-lhes atuar em conformidade e promover uma maior implementação da legislação.
PC/CP
Inforpress/Fim
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