
Cidade da Praia, 24 Out (Inforpress) – O presidente do conselho de administração do Hospital Universitário Agostinho Neto (HUAN) reafirmou hoje a importância de reforçar a resposta do país às doenças oncológicas, apontando a necessidade urgente de um serviço de radioterapia.
Evandro Monteiro fez estas declarações durante o seu discurso na abertura do evento "Outubro Rosa, com foco no diagnóstico, tratamento e genética do cancro de mama”, promovido pelo hospital.
“O nosso maior desafio, a par dos recursos humanos e tecnológicos, é a necessidade de um serviço de radioterapia no nosso país, que representa um entrave significativo às respostas às doenças oncológicas”, declarou.
Segundo o também director, o hospital tem registado “avanços significativos” no diagnóstico e tratamento do cancro da mama, com melhoria dos fluxos clínicos, modernização dos equipamentos e fortalecimento do serviço de anatomia patológica, permitindo resultados mais rápidos e precisos.
“Com a operacionalização do serviço de biologia molecular, passámos a dispor de ferramentas avançadas para a caracterização genética e molecular dos tumores mamários, permitindo definir estratégias terapêuticas ajustadas ao perfil de cada paciente”, explicou.
Evandro Monteiro sublinhou também o papel das equipas multidisciplinares, envolvendo cirurgiões, mastologistas, oncologistas, radiologistas, patologistas, enfermeiros, psicólogos e assistentes sociais, garantindo cuidados centrados na paciente e decisões clínicas partilhadas.
“Hoje, podemos afirmar com convicção, associada a dados concretos, que diagnosticamos melhor, tratamos mais cedo e tratamos com mais qualidade, graças à reorganização dos fluxos clínicos, à modernização progressiva dos equipamentos, e ao fortalecimento do serviço de anatomia patológica”, vincou.
No entanto, o director reforçou que, apesar destes progressos, outros desafios permanecem, incluindo a melhoria contínua de recursos humanos e tecnológicos, bem como o fortalecimento do serviço para garantir acesso integral e humanizado às pacientes.
“Cada vida importa e cada mulher merece o melhor da ciência e do nosso compromisso institucional”, concluiu.
TC/AA
Inforpress/Fim
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