São Vicente: Sala de Recursos da EMAEI vai iniciar laboratório inclusivo no próximo ano

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São Vicente: Sala de Recursos da EMAEI vai iniciar laboratório inclusivo no próximo ano
04/10/25 - 07:20 pm

Mindelo, 04 Out (Inforpress) - A Sala de Recursos da Equipa Multidisciplinar de Apoio à Educação Inclusiva (EMAEI), em São Vicente, vai iniciar o projecto de laboratório inclusivo, no próximo ano, para capacitar e inserir alunos no mercado de trabalho.

Esta informação foi avançada hoje à Inforpress pelo coordenador da sala de recursos, Jeremias Fernandes, a propósito dos 17 anos deste projecto que desde 2008 trabalha para a inclusão de crianças, adolescentes e jovens com necessidades educativas especiais em todos os níveis de ensino.

Segundo Jeremias Fernandes o projecto de laboratório inclusivo pretende dar respostas aos alunos que não conseguem acompanhar o sistema, principalmente alunos que têm currículo específico individual e que poderão ter um plano individual de transição.

Ou seja, clarificou, consiste em dar ao aluno a possibilidade de fazer um curso técnico profissional, de acordo com as suas especificidades, para que possa também entrar no mercado de trabalho, quando o mesmo não consegue seguir no ensino secundário e depois entrar para a universidade.

“Já temos algumas empresas aqui em São Vicente que estão a colaborar connosco e que estão disponíveis a receber esses alunos depois deste treinamento. É um trabalho que estamos a fazer com o apoio da sociedade civil e que esperemos que em 2026 possa ter o seu início”, explicou.

Conforme a mesma fonte, de acordo com o processo de sinalização, a sala de recursos procurar ajustar a tudo para que as crianças, adolescentes e jovens que tenham necessidade educativa especial de carácter permanente possam também dar o seu contributo junto das empresas, nomeadamente nos minimercados, na rede hoteleira, e em serviços de atendimento.

“Nós já temos identificado algumas áreas onde estamos a trabalhar para que em 2026 possam iniciar esse processo”, ajuntou.

Jeremias Fernandes disse que desde 2008 em que criaram a Sala de Recursos até agora têm trabalhado para que todas as crianças, jovens e adolescentes, sejam meninos ou meninas, que tenham necessidades educativas especiais, possam frequentar as estruturas do pré-escolar, do ensino básico, do ensino secundário e também do ensino superior.

No entanto, no decorrer do processo de sinalização, os dados mostraram que a maioria dos alunos sinalizados é do sexo masculino.

“Dos 811 alunos sinalizados desde 2008 até Julho de 2025, aqui em São Vicente, mais da metade são meninos. Temos relativamente um número menor de alunas sinalizadas. Até agora nós não tivemos tempo para perceber qual o real motivo de termos mais alunos do que alunas sinalizadas”, informou.

Segundo a mesma fonte, neste momento o maior desafio da Sala de Recursos é ter capacidade de resposta para o número de alunos que existem em São Vicente porque, argumentou, anualmente há muita entrada de alunos com necessidades educativas especiais.

Por isso, acrescentou, há necessidade de capacitar os professores sobre como é que todo o processo funciona. Principalmente, explicou, em relação à Lei de Educação Inclusiva, socializar e trabalhar na prática as medidas dos Planos Educativos Individuais (PEI) e ainda dar formação e acompanhamento aos docentes por causa da recente integração dos alunos com necessidades educativas especiais no Sistema Integrado de Gestão Escolar (SIGE).

CD/JMV

Inforpress/Fim

 

 

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