Porto Inglês, 04 Out (Inforpress) – A Fundação Maio Biodiversidade (FMB) registou mais de 13 mil ninhos de tartarugas marinhas durante a temporada 2025 da campanha de conservação baseada na comunidade.
Os dados preliminares, divulgados hoje durante a cerimónia de encerramento da campanha, indicam ainda o registo de 87 casos de apanha, 34 tartarugas mortas e 55 resgatadas.
Segundo o coordenador do programa, Herval Silva, apesar dos casos de apanha registados, o balanço é considerado positivo, destacando o aumento do número de ninhos e o crescente envolvimento das comunidades locais na proteção das tartarugas marinhas.
“Temos registado um aumento contínuo de ninhos a cada temporada, o que é muito gratificante. Conseguimos envolver várias pessoas das comunidades nas acções de conservação, o que também gera uma fonte de rendimento digna para muitas famílias”, sublinhou.
O trabalho de conservação na ilha do Maio é desenvolvido com base comunitária e, este ano, envolveu directamente cerca de 100 pessoas, entre monitores, voluntários, famílias integradas no programa de turismo de habitação e membros das comunidades costeiras.
A temporada de 2025 teve um orçamento superior a nove mil contos, mas, segundo Herval Silva, a fundação continua a enfrentar desafios na mobilização de financiamentos que garantam a continuidade e o reforço das ações de conservação.
Reconhecida como um ponto estratégico para a preservação da espécie, a ilha do Maio destaca-se pelo forte envolvimento comunitário e pelos registos de novas espécies nidificantes, figurando entre as cinco maiores colónias de desova da tartaruga-cabeçuda no mundo e a terceira maior a nível nacional.
RL/JMV
Inforpress/Fim
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