Cidade da Praia, 02 Out (Inforpress) – O cardeal Arlindo Furtado afirmou hoje que a peregrinação a Roma e Paris, que lidera, é, antes de tudo, um caminho espiritual de reconciliação e esperança, sublinhando que “o cristão não pode perder a perspectiva da eternidade”.
De 03 a 12 de Outubro, o cardeal estará a encabeçar a peregrinação em Roma e Paris e presidirá às celebrações da abertura do Jubileu da Diáspora Cabo-verdiana na Europa 2025 C500, no quadro dos 500 anos da Diocese de Santiago.
Em declarações à Inforpress, Arlindo Furtado explicou que a ida a Roma, “centro da Cristandade”, alinha-se na tradição dos jubileus proclamados pelo Papa a cada 25 anos, visando “recordar a morte e ressurreição de Jesus Cristo, como acto de redenção da humanidade”.
“A nossa vida neste mundo tem o seu sentido, mas está em conexão com a eternidade, que é o nosso destino final, a nossa pátria, como dizia São Paulo”, destacou o cardeal.
O líder religioso frisou que a peregrinação é também uma oportunidade de fortalecer laços de fraternidade e comunhão entre cristãos do mundo inteiro.
“Não somos casos isolados. Somos um grande povo de dimensão mundial que caminha à luz de Cristo para o Pai, de mãos dadas como irmãos”, afirmou, sublinhando ainda a importância da reconciliação sacramental e da misericórdia concedida pela Igreja como sinais de preparação para a vida eterna.
No âmbito da deslocação, a comunidade cabo-verdiana em Roma e na Europa participará no Jubileu dos Migrantes, de 03 a 06 de Outubro, integrado no Ano Santo da Esperança.
O cardeal adiantou que a peregrinação a Roma proporcionará um “muito tempo de oração, de formação, de reflexão e de aprofundamento no conhecimento da Sagrada Escritura”.
Conforme apontou Arlindo Furtado, centenas de emigrantes cabo-verdianos residentes em Itália e noutros países da Europa vão juntar-se à peregrinação.
Apesar de não estar previsto um encontro privado com o Papa, os peregrinos cabo-verdianos irão participar na audiência colectiva de dia 04 de Outubro, juntamente com outros grupos de migrantes, estando Cabo Verde representado por cerca de 50 pessoas no momento oficial.
Para os emigrantes, a mensagem do cardeal é de que “Cristo é a nossa luz, o nosso caminho e a nossa esperança fundamental”, encorajando-os a enfrentar as dificuldades com a fé para se tornarem “cada vez melhores, individualmente, em família e em sociedade”.
TC/CP
Inforpress/Fim
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