Atraca primeiro navio no Terminal de Cruzeiros do Mindelo que permite embarque e desembarque de passageiros

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Atraca primeiro navio no Terminal de Cruzeiros do Mindelo que permite embarque e desembarque de passageiros
30/09/25 - 01:25 pm

Mindelo, 30 Set (Inforpress) – O Terminal de Cruzeiros do Mindelo, em São Vicente, recebeu hoje o seu primeiro navio após a inauguração em Junho, marcando o início da operação com a nova capacidade de embarque e desembarque de passageiros internacionais.

A primeira atracagem, realizada “sem dificuldades”, foi do Scenic Eclipse, um cruzeiro de luxo da companhia australiana Scenic Luxury Cruises and Tours, com 168 metros de comprimento e capacidade para 228 passageiros e 176 tripulantes.

O administrador da empresa gestora dos portos (Enapor), Eduardo Lima, classificou o momento como “histórico” e de “grande importância” para as comunidades locais e para os sectores de transporte, restauração, artesanato e hotelaria.

Também o ministro do Mar, Jorge Santos, que visitou o navio e esteve presente no acto de troca de placas, disse que a intenção é explorar o porto ao máximo, não só a nível do turismo de cruzeiro, mas também do turismo náutico e desportivo.

Várias actividades, que conforme a mesma fonte, podem ser desenvolvidas em São Vicente, ilha considerada neste momento como o “epicentro” do turismo de cruzeiro a nível nacional.

A passagem deste navio em especial, acrescentou, marca também a chegada de turistas que finalizaram o seu cruzeiro e a tomada de novos clientes que o iniciam a partir do Mindelo.

“Isto é que é importante, ou seja, o que nós dissemos desde o início, que esse porto de cruzeiro é um nó de cruzeiro do Atlântico Médio”, destacou Jorge Santos, reforçando a ideia de que o Terminal do Mindelo se tornará um ‘hub’ no sector, com ligação aos aeroportos e restante infra-estrutura turística.

“É isto que sofistica o turismo de cruzeiro”, sublinhou.

Questionado sobre o projecto de energia limpa para o porto, o ministro asseverou que a base já está construída, faltando a segunda fase, que é fornecer energia aos navios através de um parque solar.

Jorge Santos adiantou, contudo, que cerca de 45 por cento (%) da energia utilizada pelo porto neste momento já provém de parques eólicos e solares da Electra.

A obra do terminal foi adjudicada por cerca de 3,6 milhões de contos, co-financiada pelo Fundo ORIO, dos Países Baixos, e pelo Fundo OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) para o Desenvolvimento Internacional.

O investimento foi também incluído no pacote Global Gateway da União Europeia em Cabo Verde, com aplicação de 300 milhões de euros prevista para os próximos anos.

O projecto tem assinatura do arquitecto português Luís Pedro Silva.

LN/CP

Inforpress/Fim

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