Presidente da AMA destaca Cabo Verde como “exemplo de boa colaboração” antidopagem em África (c/áudio)

Cidade da Praia, 30 Set (Inforpress) – O presidente da Agência Mundial Antidopagem (AMA), Witold Bańka, afirmou hoje, na cidade da Praia, que Cabo Verde é um “exemplo de boa colaboração” no continente africano na área da luta contra a dopagem.

Witold Bańka proferiu estas declarações durante uma visita oficial à sede do Comité Olímpico Cabo-verdiano (COC), que juntou também o Comité Paralímpico e a Organização Nacional Antidopagem de Cabo Verde (ONAD-CV) para debater reformas, desafios e o fortalecimento do sistema.

O presidente da AMA destacou que o principal objectivo da visita é discutir o fortalecimento do sistema antidoping, não só em Cabo Verde, mas a nível continental.

“Os atletas merecem competir em igualdade de circunstâncias e é esse compromisso que nos move”, disse Witold Bańka, ressaltando que a “excelente colaboração com o COC, o Governo e a ONAD-CV” tem sido crucial para consolidar o sistema no país.

Para Witold Bańka, a cooperação entre governos, o movimento olímpico e os reguladores internacionais é vital, frisando que “o antidoping tem tudo a ver com colaboração”.

O presidente da AMA acrescentou que Cabo Verde já demonstra, com uma liderança forte e representação internacional activa, que “pode ser uma referência para outros países africanos”.

A presidente do COC, Filomena Fortes, partilhou o mesmo foco na colaboração, mas alertou que o grande desafio do país continua a ser o acompanhamento dos atletas de alto rendimento que vivem na diáspora.

“Temos de trabalhar juntos, COC, Comité Paralímpico e ONAD-CV, para que a comunicação flua e o processo seja mais eficaz. Muitos dos nossos atletas de elite estão fora do país, o que dificulta os controlos, mas felizmente já existe um esforço para que também eles sejam integrados nos mecanismos de acompanhamento antidoping”, afirmou.

Filomena Fortes, que também é membro da Organização Africana Antidopagem (OADA), frisou que Cabo Verde foi pioneiro no lançamento do processo antidoping ainda antes da criação formal da ONAD-CV.

Recordou também que, para além do controlo competitivo, o COC tem promovido iniciativas de sensibilização, com destaque para o projecto desenvolvido em escolas sobre valores como a amizade, o respeito e a excelência.

“São valores transversais à vida e que ajudam a formar cidadãos e atletas mais conscientes. Sempre que uma delegação parte para representar o país, a ONAD-CV é chamada para trabalhar com os atletas e a equipa técnica sobre a importância da ética e da integridade no desporto”, reforçou.

No final do encontro, Witold Bańka afirmou sair da visita com “novas ideias e perspectivas” sobre como Cabo Verde pode contribuir ainda mais para o movimento global antidopagem.

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