Ministro do Ambiente alerta para melhor utilização do plástico e combate à poluição plástica (c/áudio)

Cidade da Praia, 30 Set (Inforpress) – O ministro da Agricultura e Ambiente, Gilberto Silva, alertou hoje para uma melhor utilização do plástico e combate à poluição plástica devido à ameaça que representa para a vida na Terra e para a sustentabilidade do desenvolvimento.

Gilberto Silva falava no lançamento do projecto IslandPlas – Cabo Verde: “Promovendo soluções circulares para a poluição plástica nas ilhas africanas”, a que presidiu, observando que o combate à poluição plástica não é apenas uma questão ambiental hoje, mas de soberania, dignidade nacional e de responsabilidade intergeracional.

O evento marca o início da implementação nacional deste projecto que envolverá diferentes partes interessadas no combate à poluição plástica, em alinhamento com as políticas ambientais do país.

Financiado pela Fundação Global da Coca-Cola, em dez milhões de dólares, e implementado pela União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN), este projecto visa promover soluções circulares para reduzir a poluição plástica nas ilhas africanas, apoiando Cabo Verde na implementação de medidas inovadoras de gestão de resíduos, inclusão social e promoção da economia circular.

“Somos chamados a alertar com frequência sobre a tripla crise ambiental que o planeta está a vivenciar. Referimo-nos às mudanças climáticas, à perda da biodiversidade e à poluição, e dentro da poluição, à poluição plástica, a representar, efectivamente, uma fatia bastante preocupante pela ameaça que representa para a vida na Terra e para a sustentabilidade do desenvolvimento”, reiterou o titular da pasta do Ambiente.

Segundo o governante, apesar de Cabo Verde ser um país pequeno, também tem de dar exemplo e, ao seu nível, contribuir para um mundo melhor.

“Vamos ter de aprender uns com os outros, em acção e para a acção, de modo a que possamos todos assegurar um melhor presente e um melhor futuro para todos”, concretizou.

Neste contexto, referiu que Cabo Verde é, naturalmente, afectado por esta problemática dos plásticos e, segundo estimativas, importa, anualmente, cerca de 17.200 toneladas de plásticos de diversos tipos e para diversos fins, pelo que deve também fazer parte da solução, que as lutas devem ser travadas tanto a nível nacional como na esfera internacional.

“A nível nacional, é de se destacar, que nos últimos anos o país tem dado passos firmes e ambiciosos para enfrentar esta problemática. Destacam-se as campanhas de sensibilização da população e das empresas, bem como as inúmeras acções de limpeza levadas a cabo com forte envolvimento da população, sob a liderança das ONG e outras organizações da sociedade civil e com forte envolvimento dos municípios e do Governo”, realçou.

Gilberto Silva, para quem essas acções têm “contribuído fortemente” para o processo educativo a nível da sociedade cabo-verdiana, neste caso concreto, destacou também o investimento privado na reciclagem do plástico e a entrada em vigor da Lei dos Plásticos, a Lei 22-X-2023, que disciplina a produção, a importação, a distribuição e a comercialização de plásticos de uso único, como marco importante da agenda ambiental do país.

SC/HF

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