
Praia, 26 Set (Inforpress) – A empresa Djassi África revelou hoje uma estratégia voltada para fortalecer o ecossistema de inovação em Cabo Verde e nos restantes PALOP, com foco na criação de oportunidades de investimento e projecção internacional das startups locais.
Em declarações à imprensa, à margem da cerimónia de apresentação da estratégia, Fernando Cabral, managing partner da Djassi Africa, empresa sediada em Londres e especializada no desenvolvimento e aceleração de startups de base tecnológica, disse que a empresa actua há quatro anos no apoio a startups africanas, preparando-as para competir nos palcos globais da inovação.
Afirmou que o ecossistema de startups de Cabo Verde está preparado para uma nova fase de aceleração, referindo que não só Cabo Verde, mas também os restantes PALOP, têm agora um ambiente favorável e condições para impulsionar negócios tecnológicos.
“As startups cabo-verdianas já construíram a base e estão ansiosas por acelerar. Algumas nem sabem que estão preparadas, mas esta fase vai obrigá-las a se preparar para o futuro e abrir novos caminhos para os seus negócios”, afirmou.
Anunciou a estratégia da Djassi África para acelerar startups em Cabo Verde e nos PALOP, com foco na inclusão de mulheres, mobilização da diáspora e desenvolvimento da indústria criativa, sectores considerados fundamentais para fortalecer o ecossistema de inovação local.
Fernando Cabral reforçou que o projecto visa não apenas acelerar negócios, mas também criar oportunidades reais para jovens e mulheres, garantindo que o crescimento do sector tecnológico seja socialmente inclusivo e sustentável.
“O empreendedorismo em África sempre teve mulheres à frente, não podemos ter um ecossistema digital sem elas”, afirmou.
Fernando Cabral destacou que a estratégia da Djassi África não actua isoladamente, explicando que o objectivo é agregar ao ecossistema existente e ser mais um pilar que contribua para a aceleração, sem substituir o que já existe.
Entre os principais desafios que a Djassi África pretende enfrentar para apoiar as startups cabo-verdianas, indicou a questão do financiamento das startups, muitas ainda em fases iniciais, e a necessidade de aumentar a exposição competitiva dos negócios.
Informou, por outro lado, que a estratégia, a ser implementada até 2026, incluirá métricas de impacto em participação, captação de investimento, volume de negócios e empregos gerados, além de instrumentos claros para a diáspora investir de forma transparente e estratégica no país.
O projecto, acrescentou, reforça a visão de Cabo Verde como um centro de inovação e oportunidades para empreendedores, promovendo uma economia digital mais inclusiva e conectada com o mundo.
Apontou ainda que outro ponto central é a diáspora, com instrumentos claros para que os imigrantes possam contribuir de forma concreta, transparente e mensurável para o ecossistema de inovação em Cabo Verde.
A Djassi África pretende ainda envolver o sector privado, governo, startups, universidades, escolas e associações, reforçando o caráter colaborativo da iniciativa.
A Djassi África, entidade sediada em Londres, é líder no desenvolvimento, aceleração e investimento em startups de base tecnológica e digital fundadas por inovadores africanos e afro-diaspóricos.
Com uma presença operacional consolidada nos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP), no Brasil, em Portugal e noutros polos da diáspora africana na Europa, a Djassi África já apoiou e investiu em mais de 500 startups através dos seus programas e iniciativas.
Desde 2020, a organização tem desempenhado um papel activo em Cabo Verde, liderando e implementando diversas iniciativas em parceria com entidades locais, com impacto significativo em negócios digitais tanto a nível nacional como na diáspora.
CM/JMV
Inforpress/Fim.
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