Cidade da Praia, 25 Set (Inforpress) – Cabo Verde assinou hoje um memorando de cooperação que formaliza a estrutura colaborativa do Projecto Colibri, implementado pela Organização Mundial das Alfândegas e financiado pela União Europeia, que visa reforçar a cooperação nacional no combate ao crime organizado.
A assinatura do memorando foi realizada no âmbito de uma missão especializada de mentoria e tutoria informática nas ilhas do Sal e Santiago, de 22 a 27 do corrente mês.
A missão em curso tem por objetivo responder às necessidades e prestar in loco aconselhamento personalizado aos técnicos dos Serviços Aduaneiros de Cabo Verde, Polícia Nacional, Autoridade da Aviação Civil e Polícia Judiciária.
Em declarações à imprensa após o acto de assinatura, o director-Geral das Alfândegas, Osvaldo Rocha, salientou a importância deste memorando de cooperação afirmando que traz ganhos significativos na defesa, segurança e saúde do país.
Segundo explicou, trata-se de um projecto iniciado em 2019 que visa trabalhar junto da Aviação-Geral no sentido de combater o crime organizado, e que tem reforçado a cooperação entre várias entidades como as Alfândegas, Polícia Judiciária, Polícia Nacional e Agência de Aviação Civil.
“A Alfândega, sendo uma das autoridades que está na fronteira, temos um papel relevante e um contributo significativo a dar no contexto deste projecto Colibri. Ou seja, tratando-se de situações de crime organizado, acopla-se a fraude aduaneira, tráfico de droga, metais preciosos, tráfico humano, entre outros tipos de crimes”, esclareceu.
Em termos de ganhos afirmou que o projecto tem permitido a Cabo Verde ter acesso a informações cruciais compartilhadas em plataformas tecnológicas internacionais como a Geoportal e CEMCON, que aumentam a segurança tanto nacional quanto internacional.
Na mesma linha, o director nacional da Polícia Judiciária (PJ), Manuel da Lomba, realçou a relevância deste projecto no combate ao crime organizado e transnacional, sublinhando que a instituição que dirige é peça-chave neste esforço conjunto.
“O crime organizado tem um forte pendor transnacional, principalmente quando falamos de tráfico de drogas e fraudes aduaneiras. Por isso, o projecto traz-nos uma responsabilidade de também organizarmos, porque o crime organiza-se, e nós também temos de estar organizados”, sustentou.
O acto, que aconteceu na Direcção Nacional das Receitas do Estado, na cidade da Praia, contou com a participação da embaixadora da União Europeia em Cabo Verde, Sylvie Millot.
ET/JMV
Inforpress/Fim
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