Mindelo, 25 Set (Inforpress) – Os deputados nacionais do Movimento para a Democracia (MpD), que se encontram em jornadas descentralizadas em São Vicente, asseguram que vão exercer influência na discussão do Orçamento do Estado para apoiar na reconstrução da ilha.
O grupo, conforme avançou à Inforpress o líder parlamentar, Celso Ribeiro, está no Mindelo a realizar uma série de visitas para constatar `in loco´ o impacto da tempestade e que tocou todos os cabo-verdianos no País e na diáspora e sobre o qual o MpD não ficou indiferente.
“Estamos aqui a constatar o retomar, o reerguer da ilha e o povo de São Vicente nos dá essa energia para que continuamos a acreditar neste país, porque eles acreditaram e hoje, apraz-me dizer que me sinto orgulhoso desta ilha e dos filhos desta ilha”, considerou a mesma fonte.
Confrontado com críticas de alguma lentidão nas respostas, especialmente da Câmara Municipal de São Vicente, o líder parlamentar disse respeitar todas as opiniões, mas, afiançou, “tem-se feito muito”.
“Com o impacto do que aconteceu e onde já chegamos hoje, eu acho que posso dizer com todas as palavras e com toda a sinceridade que aqui não há lentidão”, sublinhou Celso Ribeiro.
Para os deputados do MpD, todos estão a fazer a sua parte para uma ilha que “está a começar praticamente do zero” e a câmara municipal “tem feito um trabalho extraordinário”.
E são esses pormenores que vão levar, segundo a mesma fonte, para as sessões na Assembleia Nacional, que arranca o ano parlamentar no dia 08 de Outubro.
E da parte do partido contam ter “um papel fundamental” de influenciação para a integração de medidas no Orçamento do Estado, que vai ser debatido brevemente, para continuar a recuperação de São Vicente, mas também Santo Antão e São Nicolau, também afectados pela tempestade Erin, embora em proporções menores.
A tempestade Erin, ocorrida na madrugada do dia 11 de Agosto, inundou bairros, destruiu estradas e estabelecimentos comerciais, afectou o abastecimento de energia e água e provocou nove mortos, havendo ainda duas pessoas desaparecidas e vários desalojados.
Na sequência, o Governo decretou situação de calamidade por seis meses em São Vicente, Porto Novo (Santo Antão) e nos concelhos de São Nicolau, outros dos pontos do país afectados.
Foi aprovado um plano de resposta com apoios de emergência às famílias e actividades económicas, incluindo linhas de crédito bonificadas e verbas a fundo perdido, financiadas pelo Fundo Nacional de Emergência e pelo Fundo Soberano de Emergência, criado em 2019.
LN/JMV
Inforpress/Fim
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