São Vicente: Protecção Civil avalia danos e perdas até meados de Outubro para efectivar “recuperação resiliente”

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São Vicente: Protecção Civil avalia danos e perdas até meados de Outubro para efectivar “recuperação resiliente”
16/09/25 - 12:33 pm

Mindelo, 16 Set (Inforpress) - A Protecção Civil fará uma recolha de dados em São Vicente para saber quais foram os danos e perdas em cada sector, após a tempestade, e qual será o melhor mecanismo para uma recuperação resiliente.

Esta informação foi avançada à imprensa pelo presidente do Serviço Nacional de Proteção Civil e Bombeiros (SNPCB), Domingos Mendes Tavares, após a abertura do seminário de capacitação de Danos e Necessidades Pós-Desastre (PDNA), em São Vicente, dirigido a técnicos com objectivo de capacitá-los para avaliação de impactos e planeamento de recuperação pós-desastre.

Segundo Domingos Mendes Tavares, no princípio, fizeram a avaliação de riscos em cerca de 23 zonas de São Vicente para saber quais eram as perdas e danos junto com o Gabinete da Crise. 

E isso, acrescentou, permitiu que o Governo tomasse medidas e iniciasse a apoiar tanto as famílias como as empresas. Mas, clarificou, agora será feito um trabalho mais exaustivo, até meados de Outubro, de forma a ter dados mais concretos e fidedignos sobre os danos e as perdas.

Com esses dados todos, explicou, o SNPCB fará uma análise e a partir dessa análise, submeterá projectos aos parceiros internacionais, assim como ao Governo, para ver como conseguirão os recursos para a recuperação resiliente dos sectores.

“Numa primeira fase, a nossa intenção era fazer com que tivéssemos as coisas a acontecer em São Vicente, de uma forma paulatina. Agora, nesse momento, de forma estruturante, vamos saber para cada sector quais foram as perdas e qual será o melhor mecanismo para uma recuperação resiliente, de forma que, caso venha a acontecer esse evento, não tenhamos o mesmo prejuízo que temos agora”, avançou.

O trabalho será realizado com apoio técnico e financeiro das Nações Unidas, União Europeia e Banco Mundial.

Para a representante do escritório conjunto das Nações Unidas em Cabo Verde, Ana Chizhkova, com as mudanças climáticas é importante que o País esteja pronto para eventuais acontecimentos parecidos no futuro.

Pelo que, concretizou, o seminário serve para empoderar colegas de vários sectores e actores nacionais e internacionais para saber fazer recolha de dados, análise multissectorial e produzir um relatório com recomendações para o futuro.

“Vamos sair com recomendações, mas não só hoje, é um processo que vai durar três a quatro semanas, que vamos trabalhar juntos e vão ter recomendações. Estas recomendações poderão influenciar decisões políticas, decisões dos actores nacionais e da comunidade internacional”, arrematou.

CD/JMV

Inforpress/Fim

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