Cidade da Praia, 29 Jul (Inforpress) – O Parlamento aprovou hoje na generalidade a proposta de lei que define as bases da política do clima por unanimidade dos 62 deputados presentes.
Nesta que é a última sessão parlamentar do mês de Julho, o ministro da Agricultura e Ambiente, Gilberto Silva, afirmou no plenário que está perante uma “boa proposta de lei” que vai estruturar a política climática no futuro.
Apontou que Cabo Verde, com base em estudos, registou um aumento da temperatura média de 0,7 graus centígrados nos últimos 50 anos.
“Temos hoje noites e madrugadas mais quentes, com implicações para o bem-estar e saúde”, frisou Gilberto Silva.
No entanto, referiu que apesar dos avanços é preciso reconhecer que ainda “falta um elemento fundamental” que dê consistência à clareza da política climática, que é à Lei de Bases do Clima.
“Esta lei estabelecerá os objetivos e as responsabilidades de cada interveniente, garantindo previsibilidade e coerência nas acções climáticas e permitindo que as iniciativas já existentes sejam integradas num quadro normativo sólido”, reforçou.
Conforme a mesma fonte, trata-se de uma lei que protege as pessoas, ecossistemas e a economia perante a crise climática.
Segundo o ministro da Agricultura e Ambiente, a lei tem nove capítulos e trinta artigos, e está alinhada também com as “melhores práticas e compromissos internacionais”, como o Acordo de Paris.
Para o grupo Parlamentar do Movimento para a Democracia (MpD- poder), na voz da deputada Lúcia Passos, trata-se de uma questão importante, congratulando-se com o engajamento do Governo em criar resiliências para aquilo que são os efeitos das mudanças climáticas.
A deputada do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV- oposição) Rosa Rocha considerou tratar-se de uma lei “necessária e pacífica”, mas recomendou adopção de medidas para “promover o sequestro do dióxido de carbono no país” e contribuir para a redução dos efeitos de estufa.
Segundo a União Cabo-verdiana Independente Democrática (UCID), na voz de António Monteiro, é preciso marcar a posição de forma positiva e travar este processo das mudanças climáticas, sublinhando também a importância da lei.
OS/JMV
Inforpress/Fim
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