Cidade da Praia, 13 Nov (Inforpress) – O director da Cátedra Funiber de Estudos Ibero-americanos e da Iberofonia defendeu que um país com visão geopolítica, como Cabo Verde, mesmo que não seja grande em termos de população ou territorial é um país com grande visão.
Frigdiano Álvaro Durántez Prados fez estas declarações hoje enquanto orador na conferência sobre a “A articulação do espaço multinacional de línguas portuguesa e espanhola". Uma visão desde a Macaronésia”.
Durante a conferência o responsável teve a oportunidade de partilhar as vantagens estratégicas e culturais derivadas das afinidades entre o português e o espanhol, que, segundo assinalou, são as duas principais línguas ibéricas amplamente compreendidas entre si.
Na ocasião realçou a relação de irmandade de Cabo Verde enquanto país africano com a África, mas também com as Américas, Brasil, Caraíbas, assim como com Portugal e com a Espanha, através das ilhas Canárias.
“Então é quase um dever que temos que cumprir para dar a conhecer todas estas possibilidades de cooperação entre a comunidade dos países de língua portuguesa e a comunidade ibero-americana das nações”, sublinhou.
A seu ver a experiência histórica de Cabo Verde, por um lado, o facto do arquipélago fazer parte também parte da Macaronésia, por outro, pode ser “muito bom”.
Isto porque, sustentou, trata-se de um país com visão geopolítica, pelo que defendeu que um país, mesmo que não seja um Estado grande em termos de população ou em termos de território, é um “país com grande visão”.
Daí que considerou que é quase um imperativo ético conhecer essas possibilidades que se abrem entre países como Espanha e Cabo Verde ou então como México e Angola, ou Moçambique e América Central através desta afinidade.
O evento foi promovido pela Fundação Universitária Iberoamericana (FUNIBER), em parceria com a Universidade de Cabo Verde (Uni-CV) e a Fundação Canárias para Ação Exterior (FUCAEX) do Governo das Canárias, com foco no fortalecimento do espaço linguístico e cultural iberofono, que congrega mais de 860 milhões de pessoas em cerca de 30 países.
ET/JMV
Inforpress/Fim
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