Parlamento: MpD destaca “aumento consistente” do rendimento per capita e “maturidade no modelo” de desenvolvimento

Cidade da Praia, 11 Jul (Inforpress) – A deputada do MpD Isa Miranda afirmou hoje que o “aumento consistente” do rendimento per capita e a “maturidade no modelo” de desenvolvimento de Cabo Verde são frutos das “sementes plantadas pelo partido” a partir dos anos 90.

A deputada do Movimento para a Democracia (MpD, poder) fez esta afirmação em declaração política sobre a graduação de Cabo Verde a país de rendimento médio/alto, no terceiro dia da primeira sessão plenária do mês de Julho.

Para a deputada, trata-se de um reconhecimento internacional de “décadas de trabalho árduo, decisões políticas corajosas e da aposta numa visão económica moderna”, que começou a germinar nos anos 90 com a abertura dos mercados, inspirada na matriz programática do MpD.

“Foi o MpD que, no seu programa político, defendeu e implementou um sistema de democracia económica, onde os agentes económicos, nomeadamente públicos, privados e associativos, coexistem em condições de concorrência e igualdade” lembrou, considerando que foi esta visão que estabeleceu a acção directa do Estado na economia cabo-verdiana.

Considerou que esta reclassificação pelo Banco Mundial é também a materialização dos princípios consagrados na Constituição da República, nomeadamente o direito ao desenvolvimento, à justiça social e à construção de uma economia ao serviço do cidadão.

Afirmou, no entanto, que este resultado é “fruto direto da liderança responsável e visionária” de sucessivas gerações de dirigentes cabo-verdianos, que, com sentido de Estado, construíram as bases do Cabo Verde moderno.

Contudo, sublinhou, é inegável que, nós últimos anos, sob a “liderança firme e reformista” de um Governo liderado por Ulisses Correia e Silva, Cabo Verde conseguiu “acelerar de forma decisiva” o seu percurso de desenvolvimento e reforçar a sua resiliência económica.

“É, por isso, justo e necessário dizer que este é o Cabo Verde que acreditou, trabalhou e que hoje colhe os frutos de um projecto político sério, competente e comprometido com o futuro. Ao MpD cabe com orgulho uma parte inegável dessa trajectória, pois fomos nós que plantamos, na década de 90, as sementes de uma economia aberta, inclusiva e resiliente”, declarou.

A deputada salientou ainda que com esta nova classificação, Cabo Verde não chega ao fim da sua caminhada, mas sim que se abre uma nova etapa, cheia de desafios, mas também de oportunidades.

Acrescentou que o país tem a partir de agora “maior credibilidade internacional, capacidade para atrair investimentos de qualidade, mais acesso a instrumentos financeiros inovadores”, abrindo caminhos “cada vez mais significativos” para se afirmar como hub estratégico entre África, Europa e Américas.

Apontou, por outro lado, que perante as responsabilidades da reclassificação de Cabo Verde a país de rendimento médio/alto, os desafios “agora são ainda maiores, mas ao alcance do povo cabo-verdiano”.

Reafirmou, neste sentido, o compromisso do Governo de acelerar as reformas estruturais para consolidar a competitividade da economia, reforçar as parcerias público-privadas, mobilizar a diáspora como parceira estratégica, promover exportações, reforçar posição de Cabo Verde nos mercados globais e continuar a investir no capital humano e um “crescimento económico forte e robusto”.

“Este grupo parlamentar do MpD que suporta o Governo, mas que também fiscaliza, está comprometido em garantir que esta conquista histórica não seja apenas motivo de orgulho, mas sim um ponto de partida para um Cabo Verde mais próspero, inclusivo e sustentável”, concluiu. 

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