Cidade da Praia, 30 Jun (Inforpress) – O presidente da Câmara Municipal da Praia, Francisco Carvalho, pediu hoje ao Governo a disponibilização de caminhões e contentores, no âmbito da cooperação internacional, para reforçar as acções de prevenção e combate a doenças transmitidas por mosquitos.
O apelo foi feito em reação à decisão do Governo, que no sábado, 28, declarou estado de contingência para travar o “risco iminente” de uma nova epidemia de doenças como dengue e paludismo, com foco nos bairros do Fonton, Cobom e Várzea, identificados como zonas críticas da capital.
“Já enviámos uma carta formal ao Ministério da Saúde e aproveito este momento público para reiterar esse pedido. A cooperação internacional é centralizada no Governo, que dialoga com países e instituições internacionais. Por isso, seria importante que o Ministério da Saúde conseguisse, para a Câmara da Praia, alguns contentores e camiões para nos ajudar”, solicitou.
O autarca sublinhou que a Câmara da Praia tem um programa anual de trabalho voltado para a prevenção, e que a colaboração com o Ministério da Saúde tem sido permanente. No entanto, advertiu que os recursos disponíveis a nível municipal são limitados.
“Já fizemos tudo o que podíamos e queremos fazer muito mais. Contamos com o apoio do Ministério da Saúde. Se a Praia merece uma atenção especial, então o Governo também deve dar essa atenção especial”, reforçou Francisco Carvalho.
O estado de contingência foi declarado pelo ministro da Saúde, Jorge Figueiredo, durante uma megacampanha de limpeza promovida em parceria com a Câmara Municipal da Praia, a Delegacia de Saúde, o Instituto Nacional de Saúde Pública, o Serviço Nacional da Proteção Civil, as Forças Armadas e a associação comunitária local.
Na ocasião, o ministro alertou ainda para o “momento muito crítico” que o país atravessa e sublinhou que 90% da probabilidade de entrada de epidemias como a dengue e o paludismo passa pela cidade da Praia, com potencial de propagação para a ilha de Santiago e restantes ilhas do arquipélago.
Recorde-se que Cabo Verde está há mais de cinco anos sem registo de epidemias de paludismo, tendo sido distinguido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 2023 pelos avanços na erradicação da doença.
TC/JMV
Inforpress/Fim
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